Delegação da Segurança estadual estará presente em evento sobre Governo Digital na Europa.
O Governo de Roraima planeja enviar uma comitiva de 12 militares e um civil para participar da E-Governance Conference, que ocorre ainda este mês na Estônia. Este evento é reconhecido como um dos mais importantes do mundo em relação à modernização do governo digital, com foco em inovações tecnológicas no setor de segurança pública.
Entretanto, uma denúncia levantou preocupações sobre a exclusão da Polícia Civil de Roraima da delegação. A Polícia Civil desempenha um papel fundamental nas investigações de crimes e tem feito uso de ferramentas tecnológicas em seu trabalho.
Em resposta, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que enviou um ofício solicitando que as instituições do Sistema de Segurança Pública do Estado indicassem nomes para a comitiva. No entanto, a Polícia Civil optou por não indicar representantes para a missão.
A delegação contará com a presença da secretária de Estado da Segurança Pública, Carla Jornada Aparecida, e de três outros servidores da pasta. Além disso, o coronel Miramilton Goiano, ex-comandante da Polícia Militar e atual chefe da Casa Militar, e o coronel Francisco Lisboa Júnior, novo chefe do Departamento de Inteligência da corporação, também estarão no grupo. Ambos são alvos de investigações pela Polícia Federal. Além deles, quatro agentes do Corpo de Bombeiros farão parte da comitiva.
A crítica à composição da delegação se concentra na falta de perfis com qualificações técnicas diretamente ligadas às áreas de governança digital, inovação tecnológica e gestão de processos, que são os temas centrais do evento.
O custo estimado da viagem gira em torno de R$ 380 mil, cobertos pelo Fundo Estadual de Segurança Pública. Contudo, a denúncia indica que, com a adição de dois novos integrantes na comitiva, os gastos podem ultrapassar R$ 500 mil. O Estudo Técnico Preliminar da missão previu inicialmente uma comitiva de 10 pessoas, contemplando despesas como hospedagem, refeições, transporte local e ingressos para o evento.
A inclusão de mais dois nomes na lista, feita pela gestão do Fundo Estadual de Segurança Pública, não estava prevista no orçamento original, levando ao aumento dos custos. Até o momento, a Sesp não se manifestou sobre essa questão financeira.
Por fim, a secretaria reforçou que um servidor da Polícia Civil, lotado atualmente na Sesp e responsável pela coordenação do Centro Integrado de Comando e Controle, fará parte da delegação oficial, garantindo assim a representação da Polícia Civil no evento.
