Concurso Nacional Unificado 2 traz ação afirmativa para mulheres

As inscrições para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) já estão abertas. Este concurso traz uma novidade importante: pela primeira vez, o Governo Federal implementou ações afirmativas específicas para mulheres. As informações sobre as mudanças foram apresentadas em uma coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira, dia 30 de junho.
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O principal objetivo das ações afirmativas é garantir uma maior equidade na participação feminina no concurso. Se o número de mulheres classificadas para a segunda fase não atingir 50% em qualquer cargo, esse percentual será ajustado para igualar-se ao de homens convocados. É importante destacar que não haverá exclusão de homens que tenham alcançado a nota mínima, ou seja, todos os candidatos que atingirem a pontuação necessária continuarão competindo. Essa medida visa aumentar o número de mulheres classificadas para a fase discursiva, assegurando paridade no processo.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressaltou que essa iniciativa é parte dos compromissos do Governo Federal com os direitos sociais e o fortalecimento da Administração Pública. Ela enfatizou que a ação se alinha às diretrizes estabelecidas pela Constituição brasileira e representa um passo significativo em direção à inclusão e equidade de gênero.
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A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que a decisão de implementar essa ação afirmativa surgiu da observação de que, em edições anteriores do CPNU e em outros concursos, a quantidade de mulheres aprovadas foi inferior ao número de mulheres inscritas. A intenção, segundo ela, é equilibrar a participação feminina nas etapas do concurso sem estabelecer uma reserva de vagas.
Estima-se que o CPNU 2 escolherá um total de 3.652 candidatos, sendo 3.144 para cargos de nível superior, dos quais 1.172 devem ser preenchidos em curto prazo, e 508 para cargos de nível intermediário.
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As provas serão realizadas em dois dias diferentes. A prova objetiva está agendada para o dia 5 de outubro, enquanto a prova discursiva para os candidatos aprovados na primeira fase ocorrerá no dia 7 de dezembro. As provas serão aplicadas em 228 municípios do Brasil, reforçando o compromisso de facilitar o acesso e reduzir a necessidade de deslocamento, especialmente para mulheres que moram em áreas remotas.
Os candidatos a cargos de nível superior terão cinco horas para responder à prova objetiva, que ocorrerá das 13h às 18h. A prova discursiva, por sua vez, terá duração de três horas, das 13h às 16h. Para os cargos de nível intermediário, a prova objetiva será de 3h30 e a discursiva de duas horas.
A taxa de inscrição está fixada em R$ 70, um valor considerado acessível para todos os candidatos. A redução do custo é especialmente voltada às mulheres que enfrentam desafios financeiros. O pagamento deverá ser feito até o dia 21 de julho. Além disso, haverá isenção da taxa para aqueles que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), doadores de medula e beneficiários do FIES e ProUni.
Essa mudança faz parte das ações afirmativas do Governo, que busca aumentar a inclusão e a representação no serviço público. O plano foi instituído pelo Decreto nº 11.785/2023 e coordena esforços do Ministério da Igualdade Racial e outros 16 órgãos federais.
O cronograma do CPNU 2 inclui as seguintes datas:
– Inscrições: de 2 a 20 de julho de 2025
– Pagamento da taxa: até 21 de julho de 2025
– Solicitação de isenção da taxa: de 2 a 8 de julho de 2025
– Prova objetiva: 5 de outubro de 2025
– Resultado da prova objetiva e convocação para a discursiva: 12 de novembro de 2025
– Envio de títulos: de 13 a 19 de novembro de 2025
– Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025
– Confirmação de cotas: de 30 de novembro a 8 de dezembro de 2025
– Divulgação da primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026
Essas medidas visam criar um ambiente mais inclusivo e representativo dentro do serviço público brasileiro.
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