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Canetas emagrecedoras podem interferir em anticoncepcionais

Medicamentos para emagrecimento estão se tornando cada vez mais populares no Brasil, à medida que muitas pessoas buscam soluções para perder peso. Contudo, um alerta foi emitido pelas autoridades de saúde após o aumento de relatos de gravidezes indesejadas entre mulheres que utilizam esses remédios. A situação destaca a necessidade de se prestar atenção à relação entre esses medicamentos e a eficácia dos anticoncepcionais orais.

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Recentemente, a agência reguladora de medicamentos recebeu cerca de 40 relatos de mulheres que usaram medicamentos para emagrecimento e que ficaram grávidas. Esses casos, conhecidos como “Bebês Ozempic”, levantam questões sobre como esses medicamentos podem interferir no funcionamento dos anticoncepcionais.

Como funcionam os medicamentos para emagrecer

Os medicamentos injetáveis para emagrecimento, como a semaglutida e a tirzepatida, imitam um hormônio natural chamado GLP-1. Esse hormônio é liberado pelo intestino após as refeições e tem a função de reduzir o apetite. A tirzepatida também atua em um outro sistema hormonal que ajuda na supressão do apetite, conhecido como GIP.

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Esses medicamentos têm um efeito complexo sobre o apetite. Eles agem em regiões do cérebro que controlam a fome e ajudam a retardar o esvaziamento do estômago, o que contribui para a sensação de saciedade. Apesar da popularidade desses tratamentos, ainda há pouca pesquisa sobre como eles interagem com anticoncepcionais orais.

Efeitos sobre os anticoncepcionais

Até o momento, não foram encontrados efeitos adversos relacionados a métodos contraceptivos que não sejam orais, como dispositivos intrauterinos (DIUs), adesivos e implantes. Isso ocorre porque esses métodos liberam seus ingredientes ativos diretamente na corrente sanguínea, sem depender do trato gastrointestinal.

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Por outro lado, as mulheres que utilizam anticoncepcionais orais são aconselhadas a empregar um método adicional de contracepção não oral, como preservativos, durante as quatro semanas iniciais de tratamento com semaglutida ou tirzepatida. Esse cuidado é recomendado pois os efeitos colaterais costumam ser mais intensos nesse período.

Dado que ainda não há evidências claras sobre a segurança dos medicamentos para emagrecimento durante a gestação, é fundamental que mulheres que engravidarem enquanto estiverem utilizando esses remédios consultem um médico para discutir alternativas.

Esse alerta reforça a importância de estar bem informado sobre o uso de medicamentos e suas possíveis interações, especialmente quando se trata de saúde reprodutiva. É sempre recomendável manter uma comunicação aberta com profissionais de saúde para garantir o uso seguro e eficaz de qualquer tratamento.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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