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Brasileiras adiam maternidade; Roraima registra tendência oposta

O número de filhos por mulheres brasileiras continua a diminuir, com a maternidade sendo adiada cada vez mais. Essas informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os dados do Censo Demográfico de 2022. A pesquisa analisou mulheres com idades entre 15 e 49 anos, consideradas em idade reprodutiva.

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A taxa de fecundidade total no Brasil caiu para 1,55 filho por mulher, um número bem abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Essa taxa é crucial para manter a população em equilíbrio. Desde 2010, o Brasil já se encontrava abaixo desse patamar.

Roraima: Um Caso à Parte

Enquanto a maioria dos estados brasileiros apresenta uma queda na taxa de natalidade, Roraima é uma exceção. O estado possui uma taxa de 2,19 filhos por mulher, superando a taxa de reposição. Em seguida, aparecem Amazonas com 2,08 e Acre com 1,90. Em contrapartida, os estados com as menores taxas são Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39). No Sudeste, a média ficou em 1,41 filho por mulher em 2022, a mais baixa entre todas as regiões do país.

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A Idade da Maternidade Aumenta

Outro dado importante é o adiamento da maternidade. A idade média em que as brasileiras têm filhos subiu para 28,1 anos, em comparação a 26,3 anos em 2000. No Distrito Federal, a média é ainda maior, de 29,3 anos, enquanto o Pará registra a menor média, com 26,8 anos.

Cresce o Número de Mulheres Sem Filhos

O Censo também identificou um aumento no número de mulheres que chegam aos 50 anos sem filhos. Em 2000, esse percentual era de 10%, e em 2022 subiu para 16,1%. No Sudeste, essa taxa é de 18%, e no Norte, de 13,9%.

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Fatores que Influenciam a Taxa de Fecundidade

A pesquisa revelou que diversos fatores como religião, raça e escolaridade impactam na fecundidade:

  • Religião: Mulheres evangélicas têm a maior taxa de 1,74 filhos, enquanto espíritas têm a menor, com 1,01.
  • Raça/Cor: Mulheres indígenas têm a maior taxa com 2,8 filhos. Mulheres pretas e pardas têm taxas acima da média nacional, enquanto brancas e amarelas têm as taxas mais baixas.
  • Escolaridade: Mulheres com ensino superior completo têm, em média, 1,19 filho, enquanto aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto têm 2,01 filhos.

Razões para a Queda na Fecundidade

Especialistas apontam que o aumento da escolaridade, o acesso à informação e aos métodos contraceptivos, além da maior participação da mulher no mercado de trabalho, são fatores que contribuem para essa redução na taxa de fecundidade. Segundo a gerente de estudos do IBGE, a mulher mais escolarizada tem mais facilidade para encontrar métodos contraceptivos e faz escolhas mais conscientes em relação à maternidade.

Expectativa para o Futuro

O IBGE projeta que a tendência de queda na fecundidade continuará nos próximos anos. Mudanças no perfil das famílias, a urbanização e a priorização da carreira profissional são algumas das razões que continuarão a influenciar essa transformação na realidade brasileira.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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