Vídeo: gestão de Léo Moraes pressiona vereadores; Câmara responde e denuncia criação de supersalários, jetons e contratos milionários – Geral

Na tarde desta segunda-feira, os vereadores Marcos Combate (Agir), Nilton Sousa (PSDB) e Devonildo Santana (PRD) relataram ameaças por parte da gestão do prefeito Léo Moraes, visando dificultar o trabalho deles na Câmara Municipal. Durante uma coletiva, Marcos Combate afirmou que, no início do ano, havia sido convidado pelo Executivo a indicar profissionais para algumas secretarias. No entanto, ao começar a fiscalizar contratos da Prefeitura, começou a enfrentar represálias.
Combate mencionou um requerimento que fez sobre a contratação de lancheiras para a Educação, pelo qual notou um superfaturamento: o contrato de R$ 2 milhões, feito por meio de uma ata de registro de preço, levantou questionamentos. Ele recomendou que a contratação não fosse realizada.
Outro requerimento gerou desconforto no governo de Léo Moraes. O vereador questionou a contratação de uma empresa de engenharia, que também foi feita por carona em ata de registro de preço, no valor de R$ 35 milhões, especialmente considerando que o município possui 80 técnicos na área, entre engenheiros e arquitetos. Em resposta às investigações, todas as pessoas indicadas por Combate foram exoneradas.
O vereador relatou que recebeu uma proposta imprópria do Executivo para se alinhar à oposição, alegando que, conforme seu comportamento, as pessoas exoneradas poderiam voltar a seus cargos. “Meu mandato é independente. Não sou ovelha”, enfatizou.
Devonildo Santana também se posicionou contra as retaliações por parte da gestão. Ele declarou que não se intimidaria com ameaças ou exonerações. Santana criticou a discrepância entre a imagem apresentada nas redes sociais e a realidade enfrentada pelas unidades de saúde, além de questionar a rapidez com a qual foram entregues 1.100 escrituras públicas, atribuindo ao ex-prefeito Hildon Chaves a responsabilidade por elas.
Nilton Souza levou à tribuna um alerta sobre o descaso na área da saúde, citando a superlotação das unidades, a falta de médicos e a desvalorização dos técnicos, que trabalham 12 horas por dia recebendo apenas R$ 80,00. Ele também criticou o envio de projetos que aumentam os gastos públicos, como a criação de supersalários no IPAM, a elevação de jetons na Emdur e a recriação da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Porto Velho, que foi extinta pelo atual prefeito no início de sua gestão. A expectativa é que esses projetos cheguem à Câmara nesta terça-feira.