O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de libertação de Bruno Mendes de Jesus, um rondoniense preso em Roraima com 103 kg de ouro em barras. Ele foi detido no dia 4 deste mês durante uma fiscalização na BR-401. A defesa de Bruno havia solicitado a revogação da prisão, mas o desembargador Marcus Vinicius Reis Bastos, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, já havia negado um pedido semelhante no dia 8.
Os advogados argumentaram que a prisão preventiva era desproporcional e que havia irregularidades na prisão em flagrante. No entanto, tanto o STJ quanto o Tribunal Regional Federal rebatem esses argumentos, destacando que a grande quantidade de ouro encontrada e as condições em que estavam acondicionadas levantam indícios de que Bruno pode estar envolvido em outros crimes além do que está previsto na Lei nº 8.176/91, que trata da política nacional de mineração.
O Caso
Bruno Mendes foi abordado em Boa Vista enquanto dirigia uma caminhonete Hilux, na presença de sua esposa e de seu filho de apenas 9 meses. Durante a abordagem, ele declarou ser fiscal de obras, mas não conseguiu explicar qual canteiro estava supervisionando na cidade. Mais tarde, foi confirmado que ele possui uma empresa registrada em Rondônia.
Durante a vistoria do veículo, os policiais perceberam sinais de adulteração no painel, o que levou a uma inspeção mais detalhada. Assim, foram encontradas as barras de ouro, que têm um valor estimado em R$ 61 milhões, escondidas dentro do carro. O comportamento de Bruno e as modificações no veículo chamaram a atenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), levantando suspeitas sobre a legalidade da posse do ouro.
