O “Movimento Dois Oito” e a volta do autêntico Léo Moraes – Ivonete Gomes

No cenário político de Porto Velho, há uma movimento crescente que envolve um grupo de vereadores que pretende deixar a base aliada do prefeito Léo Moraes. Esse movimento, conhecido como “movimento dois oito”, faz referência ao número de vereadores que estão se preparando para essa mudança. Até agora, a oposição ao prefeito é liderada pelos vereadores Marcos Combate, do partido AGIR, e Nilton Souza, do PSDB, e a saída dos vereadores aliados pode fortalecer ainda mais esse grupo.
Os vereadores que estão considerando essa mudança de lado parecem estar motivados principalmente pela busca de um futuro político mais promissor. A insatisfação com o governo atual parece ser um fator crucial nessa decisão. Muitos questionam se vale a pena continuar a apoiar um prefeito que, segundo esses vereadores, não tem cumprido suas promessas nem se mostrado respeitoso com seus aliados.
A atual gestão de Léo Moraes enfrenta criticas por sua postura autoritária e pelo isolamento que estabeleceu em torno de sua administração. Existem relatos de que o prefeito, que prometeu manter um diálogo aberto, tem se mostrado grosso e centralizador, o que afasta seus apoiadores. O tratamento dispensado a vereadores e aliados de campanha é considerado desrespeitoso, com muitos se sentindo excluídos e desvalorizados. Essa situação tem gerado um clima de insatisfação que pode influenciar diretamente as próximas eleições.
Além disso, a administração de Léo Moraes tem sido criticada por uma tentativa de reescrever legados de gestões anteriores, substituindo programas e ações que foram bem-sucedidos por iniciativas que visam apenas promover sua imagem. Um exemplo disso foi a recente entrega de tablets a servidores, um evento que contou com recursos de emendas parlamentares, mas que não teve a participação dos deputados responsáveis pelo financiamento, o que demonstra uma falta de diplomacia política.
Esse cenário desafia a base de apoio do prefeito, que se vê cada vez mais como mero coadjuvante em um governo marcado pelo personalismo e pela ausência de diálogo. A situação levanta a dúvida sobre a duração dessa aliança, agora frágil, considerando que o espaço na administração parece estar cada vez mais restrito a um único nome.
Os desdobramentos desse “movimento dois oito” podem ter um impacto significativo nas próximas eleições e na formação da nova dinâmica política em Porto Velho.