Noite tumultuada nas unidades de Saúde de Porto Velho; Câmara informa ao Ministério Público – Geral

Na noite de segunda-feira, 28 de abril, e nas primeiras horas da terça-feira, 29, as principais unidades de saúde de Porto Velho enfrentaram uma situação de caos. Muitas pessoas, especialmente crianças, estavam à espera de atendimento nas policlínicas Ana Adelaide, USF Hamilton Gondim e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste. Moradores da cidade se mobilizaram e entraram em contato com os meios de comunicação para denunciar a falta de atendimento adequado.
Os cidadãos chamaram a atenção do presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, o vereador e médico Macário Barros, mas ele não compareceu às unidades de saúde. Por outro lado, o vereador Nilton Souza foi até os locais para verificar a situação. Durante sua visita à policlínica Ana Adelaide, ele constatou que a quantidade de médicos era insuficiente, especialmente em relação ao atendimento pediátrico. “Não havia pediatra para atender as crianças. Muitas delas estavam chorando e necessitando de cuidados”, relatou Souza.
Na policlínica, quatro pacientes estavam internados, aguardando transferência para o Pronto Socorro João Paulo II, o que estava causando atrasos no atendimento de novos pacientes. “Essas internações complicam o trabalho dos médicos, pois não há leitos disponíveis para receber aqueles que chegam em estado de emergência”, explicou o vereador.
O vereador também comentou sobre um decreto emitido pelo prefeito Léo Moraes, que declarou “estado de emergência” na saúde pública da cidade. O motivo para o decreto foi a grave crise enfrentada pelo sistema de saúde local, com a falta de médicos, insumos e equipamentos. No entanto, Nilton Souza afirmou que a situação nas unidades de saúde permaneceu inalterada, mesmo com a declaração de emergência. “Às 00h20, eu saí da Ana Adelaide e constatei um descaso completo. Muitas pessoas esperando por atendimento e ausência de pediatras. O povo precisa de atenção, e a situação é alarmante”, disse.
Devido à gravidade da situação, o vereador soube que precisava notificar o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os órgãos de controle interno da Prefeitura de Porto Velho. A urgência do problema nas unidades de saúde e a necessidade de ações concretas para resolver a crise permanecem como questões pendentes para as autoridades locais.