Ex-diretora do SAMU obtém liminar contra difamação na saúde

A situação de assédio moral e desvalorização no funcionalismo público de Porto Velho não se limita à área da Educação. Na Saúde, relatos de perseguições a servidores públicos estão se espalhando, especialmente em grupos de WhatsApp, onde muitos expressam seu descontentamento com as humilhações nas unidades de saúde.
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Um caso que chama atenção é o da enfermeira Mara Benedicta de Rezende Monte Correia, que tem uma carreira respeitável na Saúde pública da cidade. Ela decidiu buscar justiça após enfrentar campanhas difamatórias. Recentemente, a juíza Maxulene de Souza Freitas, do 3º Juizado Especial Cível, concedeu uma liminar para proteger Mara. A decisão proíbe que as pessoas que a atacam realizem atos de perseguição, difamação ou disseminem informações falsas sobre ela. A juíza também estipulou uma multa diária de R$ 500,00 para quem descumprir essa ordem.
Mara foi promovida a diretora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) a pedido do secretário municipal Jaime Gazola. No entanto, sua promoção não foi bem recebida por um grupo de servidores que são próximos ao prefeito Léo Moraes. Esse grupo começou a minar a atuação da enfermeira, sabotando suas ações e criando uma denúncia anônima em que a acusavam de envolvê-la em comportamentos inadequados dos médicos que trabalhavam sob sua supervisão. Essa denúncia, na verdade, foi considerada uma armação.
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Alguns desses servidores foram até a secretária adjunta, Maria Aguiar Prado, usando uma ambulância para tentar deslegitimar o trabalho da enfermeira. Mara conseguiu desmascarar a falsa denúncia. Contudo, houve uma tentativa de adulterar os dados do computador do SAMU, de onde havia partido a acusação, resultando em danos ao patrimônio público. Após a situação ser exposta, Mara contatou o secretário Jaime Gazola, pedindo ajuda. Entretanto, ele alegou que não poderia interferir, pois os envolvidos eram pessoas próximas ao prefeito.
Diante de toda essa pressão e depois de não receber o apoio esperado, Mara decidiu se demitir do cargo e procurar seus direitos na Justiça. Ela expressou sua frustração ao falar sobre como nunca imaginou que seria tratada dessa maneira, especialmente por lutar sempre para oferecer o melhor atendimento à população, contando com o apoio de sua família.
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