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Bolsonaro cita Tarcísio e outras 14 testemunhas em processo no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou sua defesa no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado a uma suposta tentativa de golpe. Ele indicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e mais 14 testemunhas que podem apoiá-lo durante o julgamento.

Na última segunda-feira (28), Bolsonaro enviou o documento ao STF após ser intimado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde está se recuperando de uma cirurgia no intestino.

Além de Tarcísio, a lista de testemunhas inclui o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello, os senadores Rogério Marinho, Ciro Nogueira e Hamilton Mourão. Também foram indicados o general de Exército Gomes Freire, o brigadeiro Batista Júnior e Giuseppe Janino, ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que supervisionou as urnas eletrônicas.

No documento, Bolsonaro reclamou do fato de ter sido intimado enquanto estava na UTI, afirmando que a notificação contraria o que determina a legislação e aconteceu apesar das orientações médicas. Sua defesa alegou que a situação não foi devidamente registrada nos autos do processo.

As intimações dos réus começaram a ser feitas no dia 11 de abril, após o julgamento que os tornou réus. Entretanto, Bolsonaro não pôde ser notificado de imediato, pois passou mal e foi submetido a uma cirurgia nos dias seguintes. O STF aguardou um momento apropriado para realizar a intimação, mas após uma transmissão ao vivo que Bolsonaro fez da UTI no dia 22, o tribunal decidiu enviar um oficial de justiça ao hospital no dia seguinte para completar o processo.

Em março deste ano, Bolsonaro e mais sete pessoas foram denunciados e se tornaram réus no STF. Eles são acusados de crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que incluía ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

A procuradoria também afirma que o ex-presidente estava ciente de um decreto que pretendia usar para implementar um golpe de Estado, documento que se tornou conhecido como “minuta do golpe”.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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