Agência Reguladora é reestabelecida em Porto Velho após extinção em janeiro, com despesas mensais de R$ 403 mil em comissionados – Política

A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Porto Velho, que havia sido extinta na gestão do ex-prefeito Léo Moraes, foi recriada com um custo mensal de R$ 403 mil. Isso representa um impacto de aproximadamente R$ 5,2 milhões anuais na folha de pagamento do município. A recriação da agência gerou discussões acaloradas entre os vereadores durante a votação do projeto.
O vereador Nilton Souza levantou questionamentos sobre a necessidade da agência, lembrando que a extinção havia ocorrido anteriormente. Por outro lado, os vereadores Everaldo Fogaça e Breno Mendes defenderam a criação, afirmando que a agência será responsável pela fiscalização de serviços essenciais, como a coleta de lixo e o transporte coletivo. Fogaça destacou que a presença da agência poderia gerar lucros, mas essa afirmação foi contestada pelo vereador Marcos Combate, que expressou sua preocupação com os altos custos anuais.
Durante a votação, Combate pediu mais tempo para analisar o projeto, já que ele foi entregue na noite de segunda-feira e teve pareceres de todas as comissões já na manhã de terça-feira. Seu pedido foi rejeitado e o projeto seguiu adiante.
Além das discussões sobre custos e fiscalização, há a perspectiva de que a nova agência traga novos indicados políticos. Informações apontam que o secretário Geral de Governo, Oscar Neto, já possui uma lista de possíveis nomes para ocupar cargos na agência, com salários variando de R$ 27 mil a R$ 5.561. O ex-prefeito Hildon Chaves havia indicado profissionais para a agência, mas com a gestão atual optando por extingui-la, a intenção de Léo Moraes de recriá-la parece estar ligada ao fortalecimento de seu poder político e ao afastamento de indicados anteriores.
Em meio a esse cenário, a expectativa agora recai sobre o papel que a agência poderá desempenhar na fiscalização dos serviços públicos da cidade.