Na manhã de 20 de junho de 2025, o Papa Leão XIV anunciou oficialmente a reconhecimento das virtudes heroicas do Diácono João Luiz Pozzobon. Ele pertencia à Arquidiocese de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e foi um importante membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt, conhecido por iniciar a Campanha da Mãe Peregrina.
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Com a promulgação do Decreto, João Luiz Pozzobon foi declarado Venerável pela Igreja, o que significa que suas virtudes cristãs foram reconhecidas como exemplos a serem seguidos. Essa etapa é importante na sua caminhada rumo à beatificação e canonização. O decreto atesta que Pozzobon viveu as virtudes cristãs como fé, caridade, esperança, justiça e prudência em um grau considerado heroico, mesmo enfrentando grandes dificuldades.
Atualmente, está sendo analisado um milagre que se acredita ter sido realizado por Deus através da intercessão de Pozzobon. Esse milagre ocorreu na Arquidiocese de Santa Maria e já passou pela avaliação de especialistas locais. O processo foi finalizado pela Arquidiocese e enviado para Roma em fevereiro deste ano, onde aguarda uma análise mais aprofundada. Caso o milagre seja aprovado, a beatificação de João Luiz Pozzobon poderá ser marcada, e a cerimônia ocorrerá em Santa Maria.
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Os devotos de Pozzobon já estão mobilizados em oração para celebrar seu legado, enquanto se aproxima a data do seu falecimento, que completa 40 anos no dia 27 de junho. Atividades de oração e celebrações estão ocorrendo não apenas em Santa Maria, mas também em outras cidades e até em países distantes.
João Luiz Pozzobon nasceu em 1904 em Ribeirão, atual São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul. Ele era neto de imigrantes italianos e cresceu em uma família dedicada à agricultura e aos valores católicos. Aos 23 anos, casou-se com Theresa, com quem teve dois filhos. A família enfrentou desafios quando Theresa adoeceu e a mudança para Santa Maria, onde Pozzobon abriu um pequeno comércio, foi necessária.
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Após a morte de Theresa em 1933, Pozzobon casou-se com Vitória e teve mais cinco filhos. Ele era reconhecido como um pai amoroso e justo, sempre atento às necessidades da família. Pouco após se estabelecer em Santa Maria, Pozzobon se vinculou à Paróquia Nossa Senhora das Dores. Ele conheceu o Santuário de Schoenstatt e se envolveu com a espiritualidade desse movimento, participando de atividades religiosas e retiros.
Em 10 de setembro de 1950, Pozzobon recebeu uma imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Essa imagem foi inicialmente destinada a visitas familiares, mas Pozzobon pediu para continuar levando-a, o que deu início à Campanha da Mãe Peregrina. Ele levava a imagem para casas, rezava o terço e incentivava as pessoas a se aproximarem da Igreja.
Ao longo de 35 anos, Pozzobon percorreu cerca de 140 mil quilômetros, levando a imagem da Mãe Peregrina. A Campanha se expandiu globalmente, com cerca de 200 mil imagens em circulação, atuando em quase 100 países.
Além disso, Pozzobon percebeu as necessidades da comunidade e fundou a Vila Nobre da Caridade, onde construiu casas e uma capela para atender famílias carentes. Ele também estabeleceu ermidas para promover encontros de oração nas zonas rurais.
Em 30 de dezembro de 1972, Pozzobon foi ordenado Diácono Permanente, o que permitiu que ele ampliasse seu trabalho pastoral, celebrando batismos e matrimônios, além de levar a Eucaristia aos doentes. Ele dedicou toda a vida à sua missão e faleceu em 27 de junho de 1985, vítima de um acidente.
João Luiz Pozzobon é lembrado por sua dedicação ao chamado à santidade e ao apostolado da Mãe Peregrina, que se espalhou pelo mundo. Seu processo de beatificação começou em 12 de dezembro de 1994, durante o episcopado de Dom Ivo Lorscheiter.
Tanto o bispo quanto o pároco de Pozzobon destacaram seu trabalho pastoral e sua devoção à Igreja. Seu legado continua a inspirar muitas pessoas que participam da Campanha da Mãe Peregrina e que se dedicam à prática da fé.
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