B3 cria contrato futuro de ouro voltado para pessoas físicas

A B3, a bolsa de valores brasileira, lançou nesta quarta-feira, 9 de outubro, um novo contrato futuro de ouro, identificado pelo ticker GLD. O objetivo é facilitar o acesso dos investidores a este mercado, oferecendo um ambiente regulado, seguro e transparente. O contrato terá liquidação financeira e será baseado no preço internacional do ouro, com referência no índice LBMA Gold Price.
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O novo produto estará disponível para negociação a partir do dia 21 de outubro. Ele funcionará de maneira semelhante aos minicontratos de índice e de dólar, que já se mostraram populares entre os investidores de pessoa física no Brasil.
O tamanho do contrato de ouro será de 1 onça-troy, equivalendo a cerca de 31,1 gramas, o que o torna menor e mais acessível em comparação aos minicontratos de índices e dólares já existentes.
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Esse lançamento ocorre em um contexto de crescente interesse pelo ouro, que é visto como uma opção de proteção e diversificação de investimentos. A valorização do metal precioso alcançou recordes, destacando sua importância no portfólio dos investidores.
Para promover o novo contrato, a B3 realizará a “semana do ouro” neste mês, com uma série de eventos, workshops e cursos em colaboração com corretoras parceiras, buscando ampliar o conhecimento dos investidores sobre o produto.
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O mercado futuro é uma ferramenta que permite aos investidores se protegerem contra variações de preço em ativos como moedas, ações e commodities. As negociações são realizadas em bolsas, com a B3 atuando como contraparte central, garantindo segurança nas transações.
No caso do GLD, os investidores estarão expostos à variação do preço do ouro entre o momento da negociação e seu vencimento. Este mecanismo oferece benefícios do mercado futuro, como ajustes diários e negociações em tempo real, aumentando a transparência.
Embora o foco principal sejam os investidores de varejo, o novo contrato também atenderá aos interesses de investidores institucionais, como gerentes de fundos, que poderão operar de forma mais eficiente no mercado local. A B3 destaca que a adaptação aos padrões globais pode gerar oportunidades de arbitragem para clientes internacionais e, ao longo do tempo, pode servir como uma ferramenta de proteção (hedge) para empresas do setor de mineração.
O vice-presidente de Produtos e Clientes da B3, Luiz Masagão, enfatiza que o lançamento do Futuro de Ouro representa um avanço na democratização de produtos financeiros mais sofisticados. A oferta de uma solução local é inspirada no sucesso dos minicontratos, permitindo que investidores de varejo acessem o mercado de ouro de maneira eficiente e segura, sem precisar buscar alternativas em mercados externos ou não regulados.
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