O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas nesta quarta-feira, afirmando que o investidor bilionário George Soros e seu filho deveriam ser processados com base na Lei de Organizações Corruptas Influenciadas por Extorsão, conhecida como RICO. No entanto, Trump não apresentou nenhuma evidência para sustentar essas acusações.
Essas declarações fazem parte de uma estratégia maior de Trump, que tem promovido uma série de ameaças e ações judiciais contra opositores políticos, veículos de comunicação e escritórios de advocacia. Aliados do presidente afirmam que essas medidas visam responsabilizar figuras influentes, enquanto críticos veem isso como uma tentativa de silenciar a dissidência.
George Soros, que é um sobrevivente do Holocausto e tem 95 anos, tem sido alvo frequente de críticas por parte de Trump e de sua base conservadora. A fundação que ele criou, a Open Society Foundations, é reconhecida mundialmente por financiar projetos relacionados a direitos humanos, transparência governamental, saúde pública e educação.
Em um post na rede social Truth Social, Trump escreveu que Soros e seu filho, a quem classificou como “da esquerda radical”, deveriam ser acusados por seu suposto apoio a protestos violentos em todo o país. Ele também mencionou “amigos malucos da Costa Oeste”, alertando que está “de olho” nessas pessoas.
O porta-voz da Open Society Foundations respondeu às declarações de Trump, afirmando que as acusações são “ultrajantes e falsas”. Ele destacou que a fundação não apoia nem financia protestos violentos, enfatizando que sua missão é promover direitos humanos, justiça e princípios democráticos tanto nos Estados Unidos quanto no mundo.
Além de atacar Soros, Trump pediu investigações sobre John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional que se desentendeu com ele após sair da Casa Branca e se tornou um crítico. Na sexta-feira, 22 de setembro, agentes do FBI realizaram uma busca na casa de Bolton em uma investigação relacionada à segurança nacional.
Trump também voltou a reclamar sobre outros ex-aliados, sugerindo que deveria haver uma reabertura do caso “Bridgegate”, que aconteceu em 2013 e envolveu o ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, um feroz crítico do presidente atualmente.
