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Trump não impede acordos na saúde, afirma Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou neste sábado, durante visita ao Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, que as restrições impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à sua participação em reuniões da Organização das Nações Unidas não impedirão o Brasil de estabelecer parcerias na área da saúde com outros países.

Padilha explicou que, apesar das limitações, as ideias e o potencial do Brasil para cooperação internacional permanecem fortes. Ele enfatizou que o país continuará buscando investimentos para o setor, mesmo que alguns encontros presenciais possam ser adiados.

O ministro e sua família enfrentaram dificuldades por conta das políticas do governo Trump, que resultaram no cancelamento dos vistos de sua esposa e filha. Embora o visto de Padilha estivesse vencido desde 2024, em função da 80ª Assembleia Geral da ONU, ele teve a permissão temporária para entrar nos Estados Unidos, mas com restrições que limitam sua movimentação apenas ao hotel, à sede da ONU e a instalações médicas em situações emergenciais. Devido a essas imposições, Padilha decidiu não comparecer a uma reunião em Washington marcada para esta sexta-feira.

Ele comentou que essas restrições impactam não apenas sua presença nas reuniões, mas também atrasam a realização de parcerias. Mesmo assim, Padilha garantiu que as discussões continuarão em outros formatos, seja em solo nacional ou em outros lugares.

Sobre o impacto das tarifas impostas por Trump nos preços dos medicamentos, o ministro destacou que essas taxas afetam a indústria exportadora brasileira, especialmente na área da saúde. Ele apontou que o Brasil conta com uma indústria forte, particularmente na saúde bucal e na fabricação de insumos, que dependia do mercado americano. Embora o cenário atual seja desafiador, o governo já está tomando medidas para ajudar essas indústrias a diversificarem seus mercados.

Padilha também mencionou que as dificuldades estão impulsionando novas parcerias para a produção de medicamentos no Brasil, como a insulina. Além disso, ele citou que empresas americanas estão investindo no país, trazendo tecnologias inovadoras, como no caso de uma vacina contra o vírus sincicial respiratório, que será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de novembro.

Durante sua visita ao hospital, Padilha também demonstrou o uso do Implanon, um método contraceptivo que ajuda a prevenir a gravidez. Ele anunciou que o SUS planeja disponibilizar 500 mil unidades do implante gratuito até o final deste ano e 1,8 milhão até 2026. O objetivo é ajudar as mulheres a planejar suas famílias e combater a gravidez na adolescência.

Além de sua presença no Hospital Federal do Andaraí, que reabriu serviços essenciais como ortopedia e o Centro de Tratamento de Queimados, Padilha visitou outros hospitais na Baixada Fluminense. O Hospital Federal do Andaraí recebeu investimentos de R$ 600 milhões do governo federal, com a expectativa de finalizar as obras até o primeiro trimestre de 2026. Essa reestruturação faz parte de um plano maior para melhorar o atendimento nas unidades de saúde do país.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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