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Terceira Guerra Mundial começou? Veja por que o mundo está em alerta

Sabe quando uma notícia viraliza e parece que o mundo está prestes a mudar de um dia para o outro?

Nos últimos dias, a expressão “Terceira Guerra Mundial começou” disparou nas buscas do Google, acendendo um sinal de alerta nas redes sociais e nas conversas do dia a dia. Mas será que o planeta está mesmo à beira de um conflito global, ou tudo não passa de especulação e medo coletivo?

O termo ganhou força com os desdobramentos de crises internacionais, principalmente após conflitos como Rússia e Ucrânia, tensões entre Israel e Irã e a movimentação de grandes potências como Estados Unidos, China e Rússia.

Na Europa, o clima é de preocupação: de acordo com a BBC News Brasil, países como Suécia, Finlândia e Noruega começaram a orientar suas populações sobre o que fazer em caso de emergência, e houve aumento significativo na procura por abrigos e bunkers em países como Espanha e Alemanha.

Essa onda de ansiedade se intensifica quando figuras públicas e analistas trazem opiniões marcantes. Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, chegou a afirmar que “a Terceira Guerra Mundial já começou”, relacionando diversos conflitos atuais à atuação coordenada de Rússia, Irã, Coreia do Norte e China contra a ordem estabelecida após a Segunda Guerra Mundial.

Já Valery Zaluzhny, ex-comandante ucraniano, sugeriu que o embate da Ucrânia com a Rússia – com apoio de aliados como China e Irã – já seria uma espécie de guerra global em desenvolvimento.

O debate pega fogo principalmente no X (antigo Twitter). De um lado, usuários como @MundoEConflicto manifestam receio com os avanços em inteligência artificial e tecnologia militar em países como China e Rússia, enxergando aí possíveis gatilhos para um conflito em larga escala.

Do outro, vozes como @ThayzzySmith relembram declarações de Donald Trump descartando o envolvimento americano direto na Ucrânia para evitar um efeito dominó global. Não faltam ainda teorias conspiratórias, como as levantadas por @CissaBailey, que associam a ideia de guerra a manipulações tecnológicas e sociais, mas sem qualquer prova concreta.

Apesar de tanto alarde, especialistas mantêm uma postura cautelosa. A maioria concorda que, mesmo com tensões graves, ainda não vivemos um conflito nos moldes das grandes guerras mundiais do passado.

Segundo análise da Forbes, os atuais conflitos (Ucrânia, Síria, Oriente Médio) estão interligados, mas não têm a escala de uma guerra mundial, que envolveria mobilização total de várias nações. O Intercept Brasil aponta que vivemos uma “guerra mundial” diferente, marcada por confrontos híbridos e batalhas regionais, mas sem o choque direto entre superpotências.

Um fator importante de contenção é o temor do uso de armas nucleares. Para o professor Vinícius Vieira, citado pelo UOL, o próprio risco atômico serve como um freio para decisões mais drásticas, como aconteceu durante a Guerra Fria. Ou seja, o medo de uma catástrofe global acaba, por enquanto, mantendo líderes mundiais longe de um confronto direto em escala total.

Leia também: Europeus veem possibilidade de Terceira Guerra Mundial próxima

No fim das contas, a explosão de buscas por “Terceira Guerra Mundial” revela mais sobre o clima de ansiedade e insegurança no mundo do que sobre fatos concretos. Redes sociais e manchetes intensificam esse sentimento, mas não existe consenso – nem evidência – de que já entramos em uma nova guerra global. Ainda é uma preocupação alimentada pelo cenário tenso e pelas declarações de figuras públicas, mais do que uma realidade confirmada.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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