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Streameast, maior plataforma ilegal de streaming esportivo, é fechada

A plataforma de streaming ilegal de esportes, conhecida como Streameast, foi fechada após uma investigação que durou um ano, coordenada por uma organização americana que combate a pirataria. A plataforma operava por meio de 80 domínios não autorizados e acumulou 1,6 bilhões de visitas no último ano, oferecendo acesso gratuito a grandes eventos esportivos, incluindo as principais ligas de futebol da Europa, como a Premier League e a Champions League, além de competições da NFL, NBA e MLB.

A ação para desmantelar a Streameast ocorreu em 24 de agosto, em parceria com autoridades de segurança do Egito, que buscaram eliminar a influência da plataforma no mercado ilegal de streaming. O site tinha uma média de 136 milhões de visitas mensais, com usuários predominantemente dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Filipinas e Alemanha.

A Alliance for Creativity and Entertainment (ACE), um grupo formado por 50 organizações de mídia e entretenimento, incluiu no seu comunicado que esta operação foi uma conquista significativa na luta contra a pirataria digital. O presidente da ACE, Charles Rivkin, destacou que esse esforço é um marco para as ligas esportivas e empresas de entretenimento em todo o mundo.

Durante a operação no Egito, duas pessoas foram presas sob suspeita de violação de direitos autorais. As autoridades apreenderam laptops e smartphones que supostamente eram usados nos serviços de streaming ilegais. Além disso, os investigadores encontraram uma empresa de fachada nos Emirados Árabes Unidos, que estaria envolvida na lavagem de cerca de £4,9 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões) em receitas publicitárias desde 2010, além de £150 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) em criptomoedas. Propriedades em várias áreas do Egito também foram adquiridas com esses lucros obtidos ilegalmente.

A ACE trabalha em conjunto com órgãos de segurança de diversos países, incluindo a Europol e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O COO do DAZN Group, Ed McCarthy, enfatizou que o fechamento da Streameast é um triunfo para todos os que investem e dependem do ecossistema de esportes ao vivo, já que essa operação criminosa estava prejudicando o setor como um todo.

Além do futebol, a Streameast oferecia acesso ilegal a lutas de boxe, MMA e corridas de Fórmula 1, além das principais ligas esportivas dos EUA. No ano passado, o jogador LeBron James foi visto assistindo a uma partida da NBA pela Streameast enquanto estava em um jogo de AAB, o que levou a temores entre os fãs sobre possíveis ações legais contra a plataforma.

O fechamento da Streameast demonstra a eficácia da colaboração entre diferentes países e autoridades para combater redes de pirataria. Contudo, já surgiram algumas tentativas de ressurgir sob novos domínios, com plataformas que se apresentam como alternativas à Streameast. A ACE está ciente dessas ações e investiga essas novas iniciativas.

Um estudo recente indicou que 43% de 14.000 entrevistados, em 13 países, consideram usar sites de streaming não oficiais em vez de pagar os preços normais para assistir a eventos esportivos. Em um caso relacionado no Reino Unido, Stephen Woodward foi condenado a três anos de prisão por administrar sites de streaming ilegais que geraram mais de £1 milhão (aproximadamente R$ 7,3 milhões). Ele usou os lucros para comprar itens de luxo. Seu irmão, Christopher, também foi sentenciado por lavagem de dinheiro associada a esse esquema.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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