Selic atinge 15% ao ano: melhores opções de investimento

O ambiente econômico atual não é favorável para ações em geral, mas existem exceções que podem ser consideradas. Analistas destacam que, para investidores com um horizonte de mais de 10 anos, ainda é possível encontrar boas oportunidades em ações, mesmo que o curto prazo não seja tão atrativo. Alguns especialistas afirmam que a renda variável tende a passar por um período de queda, mas aqueles que têm paciência podem se deparar com uma chance de adquirir ações a preços mais baixos.

Entre as recomendações estão ações de empresas consideradas “defensivas e resilientes”. Especialistas sugerem a atenção em setores não cíclicos, que apresentam geração de caixa estável. Exemplos incluem energia, saneamento, instituições financeiras, educação e aluguel de veículos. Esses setores, em geral, não são tão dependentes das flutuações econômicas.

Além disso, ações de empresas exportadoras e do setor financeiro também aparecem como opções interessantes. Investidores devem estar cientes de que, em momentos de alta, ações ligadas ao ciclo doméstico podem se prejudicar. Por outro lado, ativos de instituições financeiras e empresas exportadoras podem oferecer uma boa exposição a moedas fortes, segundo analistas.

Um ponto de cautela é em relação a empresas que estão muito alavancadas, ou seja, aquelas com altos níveis de dívida em comparação ao seu faturamento. Isso é especialmente relevante para companhias do varejo, especialmente aquelas cuja relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) é superior a 3,5 vezes.

Por fim, um comunicado recente do Banco Central sobre a economia brasileira destacou que uma nova alta na taxa de juros não deve causar mudanças drásticas nas finanças das empresas. O recente patamar de juros, de 14,75%, já estava pressionando os custos financeiros, e o adicional de 0,25% não deve ser um fator determinante para mudanças significativas nas carteiras de investimento dos investidores.