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Carlo Ancelotti vai ser preso? A sentença que abalou a seleção brasileira

A notícia caiu como uma bomba no mundo do futebol, poucas horas antes da estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira: o aclamado técnico italiano foi condenado a um ano de prisão na Espanha. A sentença, proferida pelo Tribunal de Madri por um crime de fraude fiscal, imediatamente levantou uma questão que deixou o torcedor brasileiro em pânico: nosso novo treinador vai para a cadeia?

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O caso, que se arrastava na justiça espanhola, envolve milhões de reais e acusações de que Ancelotti, durante sua passagem pelo Real Madrid, teria enganado o fisco espanhol.

A condenação a uma pena de prisão para uma figura de sua estatura chocou o planeta bola e manchou a imagem do homem escolhido para liderar o Brasil rumo ao hexa.

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Contudo, apesar da gravidade da sentença e da multa milionária que a acompanha, a resposta para a pergunta que não quer calar — “Ancelotti vai ser preso?” — esconde um detalhe, uma brecha na lei espanhola que pode ser o seu “habeas corpus”.

Mas que crime ele cometeu? E o que o livra, ao menos por enquanto, de ficar atrás das grades?

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A “brecha” na lei que pode salvar Ancelotti da cadeia

A resposta curta e direta é: não, ele não deve ser preso. Apesar da condenação a um ano de reclusão, a legislação da Espanha possui uma particularidade que beneficia réus em sua situação.

  • Penas curtas são suspensas: Na Espanha, sentenças de prisão inferiores a dois anos, para crimes não violentos, geralmente são suspensas para réus que não possuem antecedentes criminais.
  • Réu primário: Este é exatamente o caso de Carlo Ancelotti. Por nunca ter sido condenado anteriormente, ele se enquadra perfeitamente na regra. A pena de um ano, na prática, ficará suspensa, e ele não precisará cumpri-la em regime fechado.

Portanto, embora a condenação manche seu currículo, o torcedor brasileiro pode respirar aliviado. O comando da seleção não está ameaçado.

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O crime: a fraude de R$ 2,3 milhões contra o fisco

A condenação de Ancelotti se refere a um crime de fraude fiscal cometido no ano de 2014, durante sua primeira passagem como técnico do Real Madrid. O Ministério Público espanhol o acusou de ter ocultado parte de seus rendimentos, principalmente os relacionados aos seus direitos de imagem, para pagar menos impostos.

O valor da fraude, segundo a justiça, foi de aproximadamente R$ 2,3 milhões. Inicialmente, os promotores também o acusavam de um segundo crime fiscal em 2015, no valor de R$ 4,1 milhões, mas ele foi absolvido desta segunda acusação.

Além da pena de prisão suspensa, Ancelotti foi condenado a pagar uma multa de 386 mil euros, o equivalente a R$ 2,4 milhões.

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A defesa do técnico: “só me preocupava com o salário”

Durante o julgamento, Ancelotti se defendeu, afirmando que não teve a intenção de fraudar o fisco e que delegava essas questões a seus assessores. “Eu só estava preocupado em receber o salário líquido de seis milhões por três anos, e nunca percebi que algo estava errado”, disse o técnico em sua defesa.

A justiça, no entanto, não acatou seu argumento e o considerou culpado pela fraude em 2014. Mesmo livre da prisão, a condenação representa uma mancha indelével na carreira de um dos técnicos mais vitoriosos do mundo, bem no momento em que ele assume o maior desafio de sua trajetória.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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