O chefe da empresa estatal de energia nuclear da Rússia, Rosatom, fez um forte alerta sobre os possíveis riscos de um ataque israelense à usina nuclear de Bushehr, no Irã. Ele afirmou que essa ação poderia resultar em uma catástrofe de grande proporção, comparável ao desastre de Chernobyl ocorrido em 1986.
Alexey Likhachev, CEO da Rosatom, enfatizou que um ataque à usina, que é a única em funcionamento no Irã, teria consequências devastadoras. A usina está localizada na costa do Golfo Pérsico e foi construída com o auxílio da Rússia, com alguns funcionários sendo cidadãos russos.
Recentemente, um porta-voz militar de Israel comentou sobre a possibilidade de um ataque à usina, mas pouco depois, outro oficial informou que isso foi um “erro” e não confirmou se a instalação havia realmente sido atingida.
O temor sobre o impacto ambiental de um eventual ataque é compartilhado por diversos países da região e especialistas em energia nuclear, que estão preocupados com a possibilidade de contaminação radioativa se a usina for danificada. Scott Roecker, vice-presidente de Segurança de Materiais Nucleares de uma organização dedicada a questões nucleares, declarou que um ataque dessa natureza provocaria a dispersão de radiação.
Likhachev também mencionou que a retirada de especialistas russos da usina já está em andamento, em resposta a esses riscos. Além disso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, manifestou a preocupação do Kremlin em relação à segurança da usina de Bushehr, destacando a presença de profissionais russos no local.
