Notícias Agora

Queda nas ações da Vale (VALE3) supera 3% na semana

A mineradora brasileira Vale enfrenta desafios por conta de fatores externos que afetam o mercado de minério de ferro. As ações da empresa têm reagido às incertezas sobre a demanda global por minério, especialmente devido ao crescimento lento da China, que é o maior importador dessa commodity. Desde 2020, a economia chinesa tem mostrado dificuldades para se recuperar dos níveis de crescimento anteriores à pandemia, apesar dos esforços do governo para estimular a economia. Um crescimento mais fraco na China resulta em uma menor demanda por minério, o que tem impacto direto nas receitas da Vale.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Além disso, as tarifas impostas pelos Estados Unidos à China aumentam os receios em relação ao futuro da economia chinesa e, consequentemente, da importação de minério. Outro ponto a ser observado é a desvalorização do dólar frente ao real, o que afeta as receitas da Vale, já que a maior parte de suas vendas é feita em dólares. Neste mês, o dólar caiu 3,7% em relação ao real, e a tendência é que, ao longo de 2025, a moeda continue em queda, acumulando uma desvalorização de cerca de 11%.

Por outro lado, a Ágora Investimentos ressalta que o minério de ferro está entrando em um período sazonalmente mais fraco, o que traz preocupações em relação aos preços da commodity. Isso tem levado os investidores a serem mais cautelosos em relação às ações da Vale. Contudo, a Ágora acredita que o preço do minério se estabilize em torno de US$ 100 por tonelada, sustentado pela demanda das siderúrgicas chinesas, que continua alta. Também destaca que os estoques de minério e aço estão baixos e a lucratividade do setor siderúrgico é favorável.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Diante dessa análise, a Ágora mantém uma recomendação de compra para as ações da Vale, com um preço-alvo estimado em R$ 78 até dezembro, o que representa uma expectativa de alta de 55%. A empresa deve gerar, entre 2025 e 2026, entre 10% e 13% de seu valor de mercado em caixa, bem acima da média histórica. Para o segundo semestre deste ano, espera-se um rendimento anualizado em dividendos de 10% para os investidores. A administração da Vale parece comprometida em oferecer retornos saudáveis aos acionistas, seja por meio de dividendos ou recompra de ações.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo