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Presidente do Líbano expõe posição sobre relações com Israel

O presidente do Líbano, Joseph Aoun, afirmou que o país não tem planos de estabelecer relações normais com Israel no momento. O principal objetivo do Líbano é alcançar um estado de “não guerra” com o vizinho do sul.

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As declarações de Aoun aconteceram em um contexto em que a administração dos Estados Unidos busca ampliar os Acordos de Abraão, um conjunto de pactos históricos assinados em 2020 por Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

Em maio, o presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, mencionou durante uma visita à França que a Síria está participando de conversas indiretas com Israel. O objetivo dessas conversas é evitar que atividades militares ao longo da fronteira se intensifiquem. As discussões sobre a paz entre Israel e Síria aumentaram após a saída do presidente Bashar Assad do poder em dezembro.

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O presidente Aoun também destacou que apenas o Estado libanês deve ter o controle das armas no futuro. Ele afirmou que a decisão sobre um possível conflito deve ser tomada pelo governo libanês.

Essas declarações fazem referência ao grupo Hezbollah, que enfrentou Israel em uma guerra de 14 meses e, desde então, passou por perdas significativas, incluindo a morte de importantes líderes políticos e militares. O Hezbollah alega que encerrou sua presença armada na região da fronteira, mas se recusa a desarmar em outras partes do Líbano, a menos que Israel retire suas forças de cinco pontos estratégicos e cesse os ataques aéreos frequentes sobre o território libanês.

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Recentemente, o enviado dos Estados Unidos, Tom Barrack, se reuniu com líderes libaneses e afirmou que estava satisfeito com a resposta do governo libanês a uma proposta para desarmar o Hezbollah. O armamento do grupo é um dos principais obstáculos nas relações entre Líbano e Israel desde a retirada israelense do sul do Líbano em 2000. Desde então, o Hezbollah esteve envolvido em duas guerras com Israel, uma em 2006 e outra que se intensificou após o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, o que resultou em um conflito em Gaza.

A guerra entre Hezbollah e Israel, que terminou com um cessar-fogo mediado pelos EUA em novembro, resultou na morte de mais de 4.000 pessoas no Líbano e em uma destruição que causou prejuízos estimados em 11 bilhões de dólares. Em Israel, 127 pessoas, incluindo 80 soldados, perderam a vida durante o conflito.

O presidente Aoun concluiu suas declarações afirmando que “paz é o estado de não guerra”, enfatizando que essa é a maior prioridade para o Líbano atualmente. Ele também afirmou que a questão da normalização das relações com Israel não faz parte da política externa do Líbano. Vale lembrar que o Líbano e Israel estão oficialmente em estado de guerra desde 1948.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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