Posto do Jaé em Madureira é o único aberto na Zona Norte hoje

A retirada do cartão Jaé, o novo bilhete eletrônico do transporte público no Rio de Janeiro, enfrentou sérios problemas nesta sexta-feira na única unidade aberta na Zona Norte. Com o fechamento de quatro postos de atendimento, a loja localizada em Madureira, na Rua Padre Manso, ao lado da estação do BRT, ficou lotada desde o início do dia. A fila, que dobrava a esquina, contava com cerca de 100 pessoas, que esperaram em pé sob o sol por horas.
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Os usuários expressaram crescente insatisfação com a situação. Sandra Maria Martes, de 70 anos, moradora de Oswaldo Cruz, disse que era a terceira vez que tentava ser atendida sem sucesso. Após mais de uma hora de espera, ela revelou sua preocupação: não consegue ficar muito tempo em pé devido a problemas de saúde. Já Simone Barbosa, de 40 anos, grávida de sete meses, saiu de Bonsucesso em busca dos cartões para os dois filhos. Ela também ressaltou a falta de prioridade no atendimento, que afeta principalmente os idosos.
Conforme o tempo passava, as queixas aumentavam. Os relatos indicavam que apenas um atendente estava disponível para lidar com a alta demanda, resultando em longas esperas. Sueli da Costa José, de 76 anos, chegou ao local às 10h e se sentia mal devido à espera. Ela chamou a atenção para a falta de lugares para sentar e a escassez de pessoal.
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Douglas Araujo, subprefeito da Zona Norte, esteve na loja de Madureira e pediu desculpas pela confusão causada. Ele explicou que as secretarias envolvidas iriam se reunir para discutir soluções e minimizar os problemas no atendimento. Anteriormente, um encontro importante entre diversas secretarias e representantes da empresa responsável pelo cartão estava agendado para esse dia, mas foi cancelado.
Além da unidade de Madureira, o sistema de transporte municipal tinha outras lojas abertas, como em Campo Grande e na Barra da Tijuca, mas o acúmulo de usuários em Madureira gerou uma situação de crise. A empresa responsável pelo cartão, a CBD Bilhete Digital, foi intimada pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor e pelo Procon a explicar os problemas enfrentados pelos usuários e a apresentar um plano para melhorar o atendimento.
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As filas longas para a retirada do cartão Jaé têm gerado grande insatisfação entre os usuários. Embora haja a opção de receber o cartão em casa, muitos têm enfrentado longos atrasos na entrega, o que tem causado frustração. Os órgãos reguladores estabeleceram um prazo de cinco dias para que a empresa apresente um plano de ação detalhado que inclui informações sobre os pontos de entrega, a capacidade de atendimento e a quantidade de funcionários em cada local.
A Prefeitura do Rio já havia anunciado que a aceitação do novo sistema de bilhetagem eletrônica seria obrigatória em todas as modalidades de transporte a partir de julho. As mudanças visam modernizar o sistema de transporte, mas a implementação tem se mostrado desafiadora, principalmente para as pessoas que dependem do serviço.
Diante de toda a situação, a administração municipal segue acompanhando a crise. A falta de infraestrutura adequada nos pontos de atendimento, como cadeiras e água para os usuários, foi criticada, e a empresa responsável pelo cartão pode enfrentar sanções se não resolver os problemas apresentados. O cartão Jaé é fundamental para vários usuários, e a agilidade no processo de emissão é essencial para atender à demanda da população.
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