Por que a Ferrari não usou Hamilton para ajudar Leclerc

A equipe da Ferrari decidiu não utilizar Lewis Hamilton para ajudar seu colega de equipe, Charles Leclerc, durante a classificação do Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1, que acontece em Monza. Hamilton, que recebeu uma penalização de cinco lugares no grid, não poderia sair na pole position. Portanto, a ideia de que ele poderia criar um “vácuo” para Leclerc parecendo mais atraente.
A Ferrari acreditava que um pequeno impulso na velocidade poderia ser crucial, considerando a competitividade do grid em Monza. Hamilton, por sua vez, manifestou sua disposição para ajudar Leclerc, afirmando que estava aberto à ideia de ser utilizado dessa forma.
Durante a sessão de qualificação, Leclerc teve bom desempenho e chegou a igualar o tempo do pole position, Max Verstappen, nas primeiras tentativas. No entanto, a Ferrari escolheu não colocar Hamilton na posição de “carro auxiliar” para a segunda volta, deixando Leclerc com a liderança na pista.
Leclerc se mostrou satisfeito com sua volta, mas reconheceu que a ausência de um “vácuo” ideal em sua segunda tentativa comprometeu seu desempenho, resultando em um tempo 0.215 segundos atrás de Verstappen.
Embora estivesse contente com sua volta, Leclerc observou que acabar na quarta posição no grid não é motivo para comemoração. Ele admitiu que poderia ter se beneficiado de uma discussão prévia sobre a estratégia de slipstream com a equipe.
O diretor da Ferrari, Fred Vasseur, explicou que, apesar das vantagens teóricas de usar o slipstream, essa estratégia tinha riscos. Sacrificar um carro para beneficiar o outro poderia ter consequências negativas. Vasseur comentou que a equipe quis evitar isso para manter os dois pilotos motivados e focados.
Vasseur enfatizou a importância de manter o foco na preparação dos pneus, que é fundamental em circuitos como Monza, e destacou que essa decisão foi pensada para não prejudicar o desempenho de Leclerc. Ele finalizou mencionando que, com Leclerc em quarto lugar, não acreditava que a estratégia de slipstream teria garantido a pole position, acrescentando que, se Hamilton tivesse começado no fundo do grid, a decisão poderia ser diferente.
Hamilton, que terminou a classificação em quinto, mas começaria em décimo devido à penalização, reforçou que a estratégia de slipstream nunca foi discutida, considerando arriscado sacrificar um dos pilotos.
Leclerc, ao comentar sobre sua posição final, admitiu sentir um certo amargo ao lutar por lugares abaixo do esperado. Ele destacou que, apesar de estar feliz com sua volta, a quarta posição não era ideal e que a equipe deveria continuar trabalhando para melhorar seu desempenho.
Em resumo, a Ferrari optou por não arriscar a estratégia de slipstream para favorecer Leclerc na luta pela pole position, priorizando a performance individual dos pilotos e o clima positivo da equipe.