O segredo de Mauro que Carmem revela em “A Viagem”

A novela “A Viagem”, que faz sucesso na reprise do programa “Vale a Pena Ver de Novo”, tem gerado curiosidade entre os espectadores sobre o descontentamento de Carmem, interpretada por Suzy Rêgo, em relação a Mauro, vivido por Eduardo Galvão. Esse descontentamento aparece especialmente quando o assunto é o envolvimento de Mauro com Lisa, outra personagem da trama, interpretada por Andréa Beltrão.

Carmem decidiu conversar com Lisa e expor uma situação grave que envolve Mauro. Ela revelou que não confia no arquiteto e o descreveu como uma pessoa de má índole. Carmem se sentiu na obrigação de avisar a amiga do que realmente aconteceu em seu passado com Mauro.

A história, escrita por Ivani Ribeiro, não revela em detalhes o que ocorreu entre Carmem e Mauro. No entanto, a atriz traz à tona uma situação complicada que agora é conhecida como “Revenge Porn”. Esse termo se refere a casos em que imagens de conteúdo sexual são divulgadas sem o consentimento da pessoa envolvida.

Durante a conversa com Lisa, Carmem compartilha que Mauro a convidou para sua casa, onde ele gravou momentos íntimos entre os dois e posteriormente mostrou esses vídeos a amigos. Ela expressa seu desespero com as seguintes palavras: “Ele acabou com a minha vida. Ele não tem a menor criatividade… ele fez igualzinho comigo: me convidou pra ouvir música na casa dele, ele filmou tudo! Ele mostrou tudo para os amiguinhos dele…”.

Apesar de ter contado sua história para Lisa e alertado outras mulheres sobre os riscos de se envolver com Mauro, o personagem não enfrenta nenhuma consequência por suas ações. Vale ressaltar que, na época em que a novela foi exibida pela primeira vez, em 1993, não havia uma legislação que considerasse esse ato como crime.

Atualmente, desde 2018, compartilhar imagens íntimas sem consentimento é tipificado como crime pela lei Rose Leonel (13.722/18), que prevê punição de seis meses a um ano de prisão. A mesma lei criminaliza a divulgação de cenas de abuso sexual ou pornografia não consensual, com penas que variam de um a cinco anos de reclusão.