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Morre Gedelti Gueiros, fundador da Igreja Cristã Maranata

Na madrugada deste sábado, dia 5, faleceu o pastor Gedelti Victalino Teixeira Gueiros, fundador e presidente da Igreja Cristã Maranata, aos 93 anos. Ele estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital em Vila Velha, Espírito Santo, desde quinta-feira, dia 3, após sofrer um infarto.

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O velório de Gedelti Gueiros, que é aberto ao público, está acontecendo no Manaaim de Carapina, localizado na Serra, Espírito Santo. O sepultamento ocorrerá neste domingo, dia 6, no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, após um culto que está marcado para as 13h.

Guedelti nasceu em Bom Jesus do Itabapoana, no estado do Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1931. Sua infância foi marcada pela mudança de sua família para Vila Velha, onde seu pai, Abílio, abriu uma padaria. A família logo se destacou na comunidade presbiteriana local.

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Guedelti graduou-se em odontologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em 1954 e posteriormente se especializou nos Estados Unidos. Em 1982, fez pós-graduação em didática e se tornou professor na Ufes, na Marinha e no Senac. Durante sua carreira, foi membro da Academia Brasileira de Prótese e vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia.

Em 1958, casou-se com Jurama Barros Gueiros, com quem teve uma filha, Jurama Barros Gueiros Bitran. Em janeiro de 1968, após discordâncias com a liderança da Igreja Presbiteriana local, ele fundou a Igreja Cristã Maranata em Vila Velha, que se orienta pela doutrina pentecostal. Atualmente, essa igreja afirma ter mais de 5.000 templos no Brasil, com cerca de 1 milhão de fiéis, além de unidades em mais de cem países, onde há outros 2 milhões de fiéis.

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Em 2013, o pastor foi preso junto com outros membros da igreja, sob a acusação de desvio de dízimos, em um caso que envolveu uma movimentação financeira de R$ 24,8 milhões. O Ministério Público do Espírito Santo o denunciou por estelionato, formação de quadrilha e emissão de documentos falsos. Durante a investigação, foram feitas acusações de que ele teria coagido testemunhas.

Após ser detido, Gueiros foi colocado em prisão domiciliar por ter mais de 80 anos. Na ocasião, ele afirmou que não compreendia as razões da prisão. A Igreja Cristã Maranata emitiu uma nota afirmando que nunca coagiu testemunhas e que estava processando aqueles que acusavam a instituição, considerando as alegações como perseguição.

Em setembro do mesmo ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu liminar permitindo a liberdade de Gueiros e de outros três membros da igreja, até o julgamento final do caso.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, lamentou a morte do pastor e decretou luto por três dias no estado, destacando que ele foi um homem de fé que impactou muitas vidas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também prestou homenagem nas redes sociais, reconhecendo sua trajetória dedicada à palavra de Deus e ao trabalho social.

O pastor Gedelti Gueiros estava à frente da Igreja Cristã Maranata desde 2007 e deixa sua filha, Jurama, e netos enlutados.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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