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Morre em Brasília Roseli Faria, destaque em políticas públicas

Morreu nesta quinta-feira, 11 de outubro, em Brasília, aos 54 anos, a economista e servidora pública Roseli Faria. Ela era uma militante do PSOL e notável pelo seu papel na formulação de políticas públicas que visavam a inclusão e o combate ao racismo. Roseli enfrentava uma luta contra o câncer colorretal.

Roseli foi uma das pioneiras nas comissões de heteroidentificação e foi fundamental na defesa da implementação de cotas raciais para o acesso a universidades e carreiras públicas. Seu trabalho teve impacto significativo na inclusão de pessoas negras nas esferas acadêmica e profissional.

A Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp), da qual Roseli fazia parte, lamentou sua morte e destacou sua atuação contra a PEC 32, que propôs uma reforma administrativa entre 2020 e 2021. A Anesp expressou que a perda de Roseli é “devastadora”.

A associação também enfatizou a trajetória de Roseli como mulher negra em posições decisórias, sua dedicação aos pobres, às mulheres e à população negra. Ela será lembrada por sua luta incansável por igualdade e justiça social.

Roseli também foi candidata a deputada federal nas eleições de 2022 pelo PSOL no Distrito Federal. O partido elogiou sua contribuição, afirmando que, como mulher negra, ela abriu caminhos e inspirou outras a buscar liderança em suas comunidades. Seu legado é marcado pela coragem, conquistas e o respeito que conquistou ao longo da vida.

Diversas entidades, como o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFmea) e o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), também manifestaram tristeza pela sua morte. O Inesc a reconheceu como uma referência na implementação de orçamentos sensíveis a gênero e raça, destacando seu papel no Conselho Diretor da instituição.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ressaltou a importância do trabalho de Roseli na luta por igualdade racial, de gênero e de classe no Brasil. Ela reconheceu o impacto da dedicação de Roseli para a avaliação dos primeiros dez anos da política de cotas no serviço público, o que foi crucial para a elaboração de novas legislações.

Outra ministra, Esther Dweck, que trabalhou com Roseli no Ministério do Planejamento durante o governo da presidente Dilma Rousseff, também lamentou sua perda. Ela se recordou da firmeza e generosidade de Roseli na defesa de um serviço público mais diversificado e comprometido com as necessidades da população.

O velório de Roseli Faria será realizado na tarde desta quinta-feira no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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