Maduro afirma que oito navios dos EUA estão em direção à Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os Estados Unidos estão aumentando as ameaças militares contra seu país e declarou que a Venezuela se preparará para se defender. Ele fez essas declarações durante uma coletiva de imprensa em Caracas, nesta segunda-feira.
Maduro destacou que a Venezuela enfrenta a maior ameaça militar do continente nos últimos cem anos. Ele mencionou que oito navios militares e um submarino nuclear dos Estados Unidos estão focados na Venezuela, chamando essa situação de “injustificável e criminosa”. O líder venezuelano também negou as acusações dos EUA de que ele e seu governo estariam envolvidos com o tráfico internacional de drogas.
Além disso, Maduro criticou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu secretário de Estado, Marco Rubio, sugerindo que eles estão provocando conflitos desnecessários na América do Sul. Ele alertou que o aumento das tensões poderia resultar em uma guerra de grandes proporções no continente.
As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela se deterioraram nas últimas semanas, especialmente com o aumento da presença naval americana no Caribe e nas águas circundantes. O governo dos EUA alega que essa mobilização é necessária para combater os cartéis de drogas da região.
Trump estabeleceu a luta contra o tráfico de drogas como uma prioridade em sua administração, visando também reduzir a migração e fortalecer a segurança na fronteira sul dos EUA. Entretanto, Maduro e outros líderes venezuelanos, como o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmam que a movimentação militar é uma forma de ameaça e busca justificar uma possível intervenção no país.
No início de agosto, os Estados Unidos aumentaram a recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro para 50 milhões de dólares, devido a alegações de tráfico de drogas e vínculos com organizações criminosas.
Embora a Marinha dos EUA regularmente opere no Caribe, a atual concentração de forças é maior do que as missões habituais na área. No entanto, especialistas questionam a eficiência dessa presença militar no combate ao tráfico de drogas, uma vez que a maior parte da droga que chega aos EUA provém de rotas no Oceano Pacífico e muitos carregamentos se realizam por meio de voos clandestinos.