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Lockheed afirma ter concluído a atualização do F-35 TR-3

Durante o Salão Aeronáutico de Paris, a Lockheed Martin anunciou que está pronta para entregar a versão atualizada do caça F-35 Joint Strike Fighter, após realizar as instalações de software necessárias. Os executivos da empresa afirmaram que agora cabe ao governo dos Estados Unidos validar essa atualização, conhecida como TR-3, que promete trazer novas capacidades de combate.

J.R. McDonald, vice-presidente do programa F-35, explicou que a Lockheed Martin acredita ter alcançado um ponto em que a nova versão de software é estável o suficiente para suportar essas funcionalidades. No entanto, uma última capacidade de combate precisa ser aprovada, o que ainda depende da finalização de um processo com o governo americano. McDonald não pôde fornecer um prazo para a conclusão dessa validação, mas afirmou que a empresa está perto de finalizar.

Desde julho do ano passado, a Lockheed começou a entregar os caças com a nova versão TR-3, após um atraso de um ano por conta de problemas com a atualização. Devido a questões de software, muitos desses jatos foram mantidos apenas em funções de treinamento. Com a finalização do software TR-3, esses caças poderão ser utilizados em operações de combate, incorporando melhorias como maior capacidade de computação e novos displays. Até o momento, 200 caças F-35 na versão TR-3 foram entregues, e a previsão é que a empresa entregue entre 170 e 190 aeronaves este ano.

Apesar dos avanços com o software TR-3, a Lockheed ainda enfrenta desafios. Por exemplo, estavam previstas melhorias no radar do jato stealth para este ano, mas possíveis atrasos nessas atualizações levaram a empresa a sugerir uma reestruturação da fuselagem do avião. Executivos da empresa não comentaram sobre o radar ou modificações potenciais, direcionando essas questões ao governo americano.

Após perder a concorrência para um novo caça da Força Aérea para a Boeing, a Lockheed começou a oferecer novas atualizações para o F-35, criando uma versão chamada “fifth-generation plus”. Essa variante poderia incluir novos revestimentos furtivos e a possibilidade de operação remota. O CEO da Lockheed, Jim Taiclet, comparou essa nova versão do F-35 a um “Ferrari” que teria 80% das capacidades de um caça de sexta geração, mas com um custo bem menor.

Na feira em Paris, onde a Europa discute aumento de gastos com defesa devido a barreiras comerciais recentes, a Lockheed aposta que o F-35 conquistará espaço. A empresa ressaltou que o caça é verdadeiramente internacional, com mais de 25% de seus componentes sendo fabricados na Europa, um número que deve crescer à medida que o programa avança.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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