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Juiz federal amplia debates no caso Abrego Garcia e critica testemunha do ICE

Um juiz do tribunal distrital dos Estados Unidos, Paula Xinis, convocou advogados do Departamento de Justiça e do imigrante salvadorenho Kilmar Abrego Garcia para mais uma audiência na manhã de sexta-feira. O objetivo é discutir os próximos passos em um caso civil, incluindo a tentativa dos advogados de Abrego Garcia de impedir que ele seja deportado para um terceiro país, conforme os planos da administração Trump. A deportação pode ocorrer já na próxima semana.

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A decisão da juíza Xinis para adicionar mais um dia de argumentação foi tomada apesar dos protestos dos advogados do governo, que alegaram já ter compromissos. A juíza não se mostrou compreensiva e afirmou que o testemunho que eles trouxeram ao tribunal foi excessivamente demorado, pois o depoente não tinha informações relevantes sobre o caso.

A audiência estava marcada para as 9 horas da manhã de sexta-feira, onde ambas as partes deveriam apresentar mais argumentos. A juíza também mencionou a possibilidade de um mandado de restrição temporária. Isso significaria que o governo se comprometeria a manter Abrego em custódia imigratória por pelo menos 48 horas antes de sua remoção e a não transferi-lo para locais remotos, garantindo assim que ele pudesse ter acesso a um advogado.

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Xinis expressou que não estava disposta a permitir a liberação total de Abrego Garcia, caso ele fosse solto da custódia nos EUA na próxima quarta-feira. Ela pediu garantias rigorosas e ressaltou que havia muitas diferenças entre o que foi discutido na audiência anterior e suas expectativas.

Durante a audiência, o testemunho foi liderado por Thomas Giles, diretor adjunto das Operações de Aplicação e Remoção da ICE, que não trouxe novas informações ao caso. Ele admitiu que sua preparação para o depoimento foi limitada e que não tinha experiência recente com o processo de deportação para terceiros países.

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A juíza demonstrou descontentamento com a falta de informações dispostas pelo representante da ICE. Embora tenha se mostrado pouco falante durante a audiência, sua surpresa em relação à falta de conhecimento do testemunho foi evidente.

Além disso, os advogados do Departamento de Justiça informaram que não pretendem manter Abrego Garcia nos EUA até que seu processo judicial esteja concluído. Segundo eles, o plano é removê-lo rapidamente, como qualquer outro imigrante ilegal.

Kilmar Abrego Garcia, atualmente detido pelo Departamento de Justiça, havia sido deportado para El Salvador e posteriormente trazido de volta aos EUA após decisão da Corte Suprema. Agora, ele enfrenta acusações federais das quais os advogados do governo admitiram que planejam agendar sua deportação, independentemente do andamento de sua situação criminal.

A juíza Xinis questionou as discrepâncias nos relatos do governo sobre a investigação do caso de Abrego Garcia, mostrando preocupação com o tempo em que o governo poderia ter atuado para garantir a conformidade com as ordens judiciais.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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