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John Bolton defende entrada da Ucrânia na NATO em 2008

Ex- assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deveria ter acelerado a adesão da Ucrânia em 2008. Durante uma palestra no Lansdowne Club, em Londres, Bolton comentou que a inclusão rápida da Ucrânia e da Geórgia na aliança poderia ter evitado as invasões russas que ocorreram posteriormente.

Bolton mencionou que o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, teve a proposta de acelerar essa adesão, mas enfrentou resistência de França e Alemanha. Ele lamentou que esses países impediram esse movimento durante a Cúpula de Bucareste em 2008, reforçando que a segurança da Europa depende da inclusão da Ucrânia na OTAN. Na visão dele, a decisão desses países foi um erro, já que em agosto de 2008 a Rússia invadiu a Geórgia.

Na época, França e Alemanha acreditavam que não era vantajoso para a OTAN aceitar a Ucrânia e a Geórgia, além de considerarem que isso ultrapassaria uma linha vermelha estabelecida por Moscou. Em um discurso anterior, Vladimir Putin já havia criticado a expansão da OTAN, alegando que o Ocidente quebrou promessas feitas após a Guerra Fria.

Bolton destacou que, atualmente, a única forma segura de proteção na Europa é ser membro da OTAN. Ele usou os exemplos da Finlândia e da Suécia, que abandonaram décadas de neutralidade e se uniram à aliança em resposta à crescente ameaça russa. A Finlândia juntou-se à OTAN em 2023, seguida pela Suécia no ano seguinte.

Além disso, Bolton falou sobre a crescente aliança entre China e Rússia, representada por encontros recentes entre líderes dessas nações, incluindo Xi Jinping, Vladimir Putin e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Ele declarou que essa colaboração é uma ameaça direta ao Ocidente. Bolton ressaltou que os Estados Unidos estão sendo excluídos dessas discussões importantes.

Ele também criticou a política tarifária dos Estados Unidos, chamando-a de um dos piores problemas auto-infligidos da história americana, argumentando que isso não apenas provoca adversários, mas também isola aliados. Semanas atrás, a casa de Bolton foi alvo de uma operação do FBI em decorrência de uma investigação sobre documentos secretos.

Por fim, Bolton demonstrou preocupação com a atual administração americana e a forma como está lidando com a diplomacia, especialmente no que se refere ao relacionamento com a Rússia. Ele expressou dúvidas sobre os próximos passos do governo em Washington, referindo-se a encontros recentes onde o presidente Trump não conseguiu impor sanções contra a Rússia.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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