Israel e Hamas retomam diálogos em Doha enquanto Netanyahu se reúne com Trump

Hamas e Israel retomaram as negociações indiretas em Doha, no Catar, conforme informou um oficial palestino. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chegou a Washington para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem pressionado para que um acordo seja alcançado ainda esta semana.

As recentes conversas sobre o conflito em Gaza iniciaram ontem em Doha, com o objetivo de estabelecer um cessar-fogo e discutir a libertação de reféns e prisioneiros palestinos. Segundo o oficial palestino, as negociações indiretas estão agendadas para continuar antes do meio-dia, envolvendo delegações de Hamas e Israel. Até o momento, não há comentários oficiais vindos de Israel.

Esta é a terceira visita de Netanyahu à Casa Branca desde que Trump assumiu o cargo neste ano. O presidente dos EUA afirmou que há uma “boa chance” de um acordo ser alcançado. Ele destacou que muitos dos reféns já foram liberados, mas afirmou que diversos outros ainda podem ser libertados em breve.

Antes de embarcar para Washington, Netanyahu mencionou que a reunião com Trump poderia ajudar a avançar nas negociações, mas deixou claro que se opõe a qualquer acordo que permita que o Hamas continue no poder em Gaza.

Por outro lado, fontes palestinas disseram que a delegação israelense não possuía um mandato suficientemente forte para fechar um acordo com o Hamas. Atualmente, estima-se que 50 reféns estejam sob custódia do Hamas, com 28 deles confirmados como mortos pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel acredita que 20 reféns ainda estão vivos, mas expressou preocupação quanto ao estado de dois outros.

De acordo com autoridades ligadas ao Hamas, mais de 57 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início do conflito, um número que não foi verificado e não faz distinção entre civis e combatentes. O total de mortes em Israel durante a ofensiva terrestre contra o Hamas e nas operações militares ao longo da fronteira com Gaza é de 444.