O presidente da Guiana, Irfaan Ali, tomou posse para seu segundo mandato neste domingo, após vencer as eleições na semana passada. A Comissão Eleitoral do país confirmou a vitória de Ali, destacando que seu partido, o Partido Progressista do Povo, conquistou a maioria das cadeiras no Parlamento, com 36 dos 65 assentos disponíveis.
A Guiana, localizada entre Brasil, Venezuela e Suriname, tem ganhado destaque internacional devido às grandes reservas de petróleo descobertas em seu litoral há cerca de dez anos, além de sua riqueza mineral. A região do Essequibo, que é administrada pela Guiana, é objeto de disputa com a Venezuela, o que gera tensões entre os dois países.
Durante seu discurso de posse, Ali, que é urbanista e tem 45 anos, destacou a importância da unidade e a necessidade de desenvolvimento econômico acelerado. Ele prometeu continuar os programas sociais que visam aumentar a prosperidade das famílias guianenses e afirmou que os próximos cinco anos serão decisivos para o país. Ali disse que o momento atual oferece oportunidades únicas para transformar as promessas em ações concretas, aproveitando os recursos naturais e as parcerias internacionais.
Entre os projetos que já estão em andamento sob sua administração, destacam-se a construção de hospitais e rodovias. Sua equipe tem planos de implementar a isenção de mensalidades em instituições de ensino superior a partir deste mês. Além disso, Ali se comprometeu a aumentar o salário mínimo e a dobrar as aposentadorias, que passarão a ser de 500 dólares para pessoas com 65 anos ou mais. Ele também anunciou a redução pela metade das contas de energia até o próximo ano.
Nas eleições, Ali foi desafiado por Azruddin Mohamed, um empresário de 38 anos que foi sancionado pelo Departamento do Tesouro dos EUA por sua ligação com casos de corrupção. Após a vitória, o Departamento de Estado americano parabenizou Ali e expressou interesse em cooperar com seu governo em questões de segurança energética e na defesa da soberania e integridade territorial da Guiana, especialmente em relação à conturbada região do Essequibo.
