Irã estava perto de produzir bomba nuclear, afirma Israel

Conflito entre Israel e Irã gera tensões com ataques e retaliações
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Recentemente, Israel conduziu uma série de ataques aéreos que atingiram diversas instalações no Irã, incluindo a usina de enriquecimento de urânio em Natanz. Os ataques resultaram na morte de pelo menos 10 pessoas, segundo as autoridades de emergência israelenses. O governo iraniano, no entanto, não confirmou vítimas entre aqueles atingidos pelos bombardeios israelenses.
Os ataques foram inicialmente lançados na noite de quinta-feira e visaram locais estratégicos relacionados ao programa nuclear do Irã. Após os bombardeios, o ministro das Relações Exteriores do Irã criticou as ações israelenses, chamando-as de "imprudentes" e enfatizando que seus programas nucleares têm fins pacíficos. Ele expressou preocupação com o potencial risco de um "desastre radiológico", já que a usina de Natanz é vigiada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a operação, alegando que era necessária para deter o que ele chamou de ameaça à sobrevivência de Israel. Ele advertiu que, se o Irã não fosse impedido, poderia produzir uma arma nuclear em um tempo muito curto, talvez em meses.
Na mesma linha, os militares israelenses relataram que a inteligência acumulada mostrava que o Irã havia avançado em sua capacidade de desenvolver componentes para armas nucleares. Embora as agências internacionais não tenham corroborado que o Irã esteja atualmente desenvolvendo uma arma nuclear, o estoque de urânio enriquecido do país é considerado alarmante por muitos especialistas.
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Em resposta aos ataques israelenses, o Irã lançou suas próprias operações aéreas em retaliação. O diretor-geral da AIEA informou que a usina de Natanz teve a sala de centrífugas danificada, o que poderia impactar significativamente a capacidade do Irã de enriquecer urânio. Além disso, Israel também atacou a usina de Fordo e o Centro de Tecnologia Nuclear de Isfahan, causando danos que afetaram a produção e o desenvolvimento de urânio metálico no Irã.
Nesse contexto, as tensões entre os dois países parecem crescer. A AIEA recentemente observou que o Irã acumulou urânio enriquecido suficiente para potencialmente fabricar até nove bombas nucleares. No entanto, o órgão também alertou que não pode garantir que o programa nuclear do Irã seja exclusivamente pacífico, visto que o governo iraniano falhou em cooperar adequadamente nas investigações sobre partículas de urânio em instalações não declaradas.
Esses eventos se desenrolam em um cenário de longa data de desconfiança mútua entre Israel e Irã. O país persa assegura que sua intenção nunca foi desenvolver armas nucleares, mas a comunidade internacional, refletindo preocupações sobre a proliferação de armas, continua atenta ao andamento do programa nuclear iraniano e aos ataques israelenses que prometem continuar até que se sinta seguro em relação a essa ameaça.
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