Um grave acidente ocorreu em Lisboa, onde um funicular descontrolado causou a morte de 16 pessoas e feriu cerca de 20. O incidente aconteceu na quarta-feira, 3 de setembro, quando uma das cabines do funicular amarelo da Glória despencou por uma rua íngreme, descarrilou e colidiu com um prédio.
Investigações do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários apontaram que o cabo que liga os vagões do funicular se rompeu no momento do acidente. O guarda-freio tentou acioná-los, mas não conseguiu evitar o descarrilamento.
Entre os mortos, cinco eram portugueses, além de três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadenses, um americano, um ucraniano, um suíço e um francês, de acordo com boletim da polícia. O funicular, que tem 140 anos, é um meio de transporte muito utilizado por moradores e turistas, projetado para ajudar a subir e descer as encostas de Lisboa.
O relatório da investigação revelou que o vagão estava viajando a aproximadamente 60 km/h no momento do impacto. O guarda-freio ativou os freios pneumáticos e um freio manual quando o cabo se soltou, mas não está claro se um sistema de freio automático foi acionado. O cabo tinha apenas 337 dias de uso, embora sua vida útil prevista fosse de 600 dias.
Ainda não se sabe exatamente quantas pessoas estavam dentro do vagão, que tem capacidade para cerca de 40 passageiros, e quantas estavam na rua no momento do acidente. Entre os feridos, seis foram levados para unidades de terapia intensiva, e três apresentaram ferimentos leves.
Os investigadores ainda não chegaram a uma conclusão sobre a causa do acidente e prometem divulgar um relatório preliminar completo em 45 dias. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, lamentou o ocorrido, chamando-o de uma das maiores tragédias da história recente do país.
