Imagens do observatório Rubin revelam milhões de galáxias e asteroides

A observatório Vera C. Rubin, que homenageia a astrônoma pioneira Vera Rubin, recentemente divulgou suas primeiras imagens de estrelas e galáxias distantes, marcando um avanço significativo na astronomia. As imagens iniciais capturaram a luz de milhões de objetos cósmicos e devem revelar milhares de asteroides ainda não vistos.
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Até agora, a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos liberou algumas imagens e um vídeo curto. Mais conteúdos da observatório, equipado com a maior câmera já construída, foram compartilhados nas redes sociais da agência. O projeto é financiado em conjunto pela Fundação Nacional de Ciência e pelo Escritório de Ciência do Departamento de Energia.
As novas imagens representam apenas pouco mais de 10 horas de observações de teste, oferecendo um vislumbre do trabalho do observatório, que terá uma missão de dez anos para explorar os mistérios do universo. Brian Stone, chefe de gabinete da National Science Foundation, ressaltou que o observatório irá coletar mais informações sobre o universo do que todos os telescópios ópticos já construídos na história.
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Uma das primeiras descobertas do observatório foram 2.104 asteroides, incluindo sete próximos à Terra, que nunca foram observados anteriormente. Cientistas garantem que esses novos asteroides não representam risco ao nosso planeta. No total, espera-se que a Rubin descubra milhões de asteroides nas duas primeiras anos de operação, superando a média atual de 20.000 asteroides detectados anualmente por outros telescópios.
A inovação da Rubin está em seu design de espelhos, câmera sensível e velocidade de operação, permitindo detectar objetos pequenos e distantes. O observatório também irá fotografar o céu milhares de vezes a cada noite, monitorando mudanças na luminosidade e identificando asteroides que podem estar em trajetória de colisão com a Terra.
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Um vídeo revelado recentemente apresentou um panorama a partir de mais de 1.100 imagens que começam com uma visão detalhada de duas galáxias e se expandem para mostrar cerca de 10 milhões de galáxias, representando apenas 0,05% das 20 bilhões que serão estudadas ao longo de dez anos.
Além disso, foi compartilhado um mosaico das nebulosas Trifid e Lagoon, locais de formação de estrelas no céu, revelando detalhes invisíveis até então. O time do observatório escolheu essas imagens para demonstrar a ampla cobertura do telescópio, que oferece visões detalhadas de galáxias interagindo, além de amplas panorâmicas.
Localizado no Cerro Pachón, no Chile, o observatório está quase completo após duas décadas de trabalho. As primeiras observações científicas estão previstas para o dia 4 de julho, utilizando um telescópio de 8,4 metros que permitirá uma visão privilegiada do centro da galáxia da Via Láctea.
O objetivo principal do projeto é a “Legacy Survey of Space and Time”, um extenso levantamento que terá como meta registrar o céu a cada poucos dias durante dez anos. O levantamento deverá iniciar entre quatro a sete meses após as primeiras observações.
A Rubin é vista como uma “máquina de descobertas” capaz de identificar novos objetos celestes e fornecer informações valiosas que podem guiar o trabalho de outros telescópios. Além disso, a observatório também se propõe a explorar mistérios como a matéria escura e a energia escura, componentes fundamentais do universo que, embora muito enigmáticas, podem ser detectadas através de seus efeitos gravitacionais. Essa função promete transformar a pesquisa astronômica e proporcionar novos entendimentos sobre a evolução do cosmos.
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