Homem demitido por imitar Michael Jackson é reintegrado, decide tribunal
Um ex-funcionário de um armazém foi demitido injustamente após ser acusado de imitar o cantor Michael Jackson, segundo a decisão de um tribunal trabalhista em Manchester. O trabalhador, identificado como Lucas Zawadzki, enfrentou acusações de um colega, que alegou que ele fazia barulhos agudos semelhantes aos do famoso artista pop.
O colega, que é negro, também afirmou que Lucas fez barulhos imitando macacos e acusou-o de racismo no local de trabalho na Co-Operative Group. Lucas admitiu que fazia alguns ruídos “embaraçosos e infantis”, mas afirmou que esses barulhos não tinham conotação racista.
Em sua decisão, a juíza Carol Porter determinou que a Co-Operative deveria pagar mais de 10 mil libras como compensação a Lucas, afirmando que sua demissão foi injusta. O tribunal ouviu que o colega, identificado como SM, se apresentou ao gerente em dezembro de 2023, alegando ter sido vítima de bullying.
Lucas foi informado de que uma denúncia havia sido feita contra ele, na qual SM afirmou que ele produzia um som alto no estilo de Michael Jackson, descrito como um “hee hee” agudo. Em sua defesa, Lucas reconheceu ter feito barulhos de “grunhidos e gemidos” com outro colega e admitiu que isso poderia ser considerado “orgástico” e “inapropriado” no ambiente de trabalho.
Apesar dessas admissões, ele negou as acusações de ter imitado o cantor ou de ter feito barulhos de macaco. Lucas enfatizou que não desejava ofender ou prejudicar ninguém. O tribunal ouviu ainda que Lucas foi suspenso devido à suposta violação da política de bullying, assédio e discriminação da empresa, com base em comentários inapropriados que teriam causado dor e desconforto ao colega.
Na sentença, a juíza Porter destacou que o comportamento de Lucas foi considerado inadequado, mas não havia provas suficientes para garantir que suas ações tenham ofendido SM ou causado qualquer tipo de desconforto. Ela também destacou que Lucas e SM trabalharam juntos por um bom tempo e que SM nunca havia mencionado que achava o comportamento de Lucas ofensivo.
Adicionalmente, a juíza concluiu que Lucas não tinha conhecimento da política da empresa sobre comportamento inadequado, nem recebeu avisos prévios de que suas ações eram inaceitáveis.
