A partir de novembro, mais de 15 milhões de famílias no Brasil poderão retirar botijões de gás de cozinha gratuitamente. Essa ação faz parte do novo programa chamado Gás do Povo, apresentado pelo presidente Lula. O programa surge como uma atualização do anterior Auxílio Gás e amplia significativamente o número de beneficiários, passando de 5 milhões para quase 50 milhões.
O objetivo do Gás do Povo é oferecer suporte financeiro às famílias que enfrentam dificuldades para comprar gás de cozinha, que tem preço médio em torno de R$ 100. O presidente Lula destacou as discrepâncias de preço entre o valor do gás vendido pela Petrobras e o que chega às residências, que varia entre R$ 130 e R$ 150 em algumas regiões. Lula enfatizou a importância do programa para as pessoas de baixa renda, buscando tornar o acesso ao gás mais justo e seguro.
Além do apoio financeiro, o novo programa também visa reduzir o uso de lenha, álcool e outros materiais inflamáveis que podem causar acidentes. Segundo dados do IBGE, aproximadamente 15 milhões de pessoas ainda utilizam lenha para cozinhar devido aos altos custos do gás.
A elegibilidade para receber o gás gratuito está restrita a famílias cadastradas no CadÚnico com uma renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa, aproximadamente R$ 759. A prioridade será dada às famílias que já recebem o Bolsa Família.
Durante o lançamento do Gás do Povo em Belo Horizonte, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou que existem quatro maneiras de retirar o botijão de gás gratuitamente. Uma dessas opções é um aplicativo da Caixa Econômica Federal que será disponibilizado a todos os cadastrados no CadÚnico. Para aqueles que não têm acesso ao aplicativo, as lotéricas fornecerão vales que poderão ser trocados por botijões em um dos 58 mil pontos de distribuição espalhados pelo Brasil. Além disso, quem já é beneficiário do Bolsa Família poderá usar seu cartão para obter o gás.
Sobre a quantidade de botijões que cada família pode receber anualmente, a regra é a seguinte: uma família de duas pessoas terá direito a até três botijões por ano; famílias com três integrantes poderão retirar até quatro botijões; e aquelas com quatro ou mais pessoas podem receber até seis botijões anualmente. O governo acredita que essa forma de distribuição, em vez de fornecer dinheiro, traz mais eficiência, transparência e controle ao programa.
