Fundo imobiliário da XP vende participações em shoppings e anuncia R$ 1 bi em dividendos

O fundo imobiliário XP Malls (XPML11), um dos principais na bolsa brasileira, está em negociação para vender sua participação em nove shoppings em diferentes estados do país. O negócio está sendo discutido com a Riza Real Estate e tem valor estimado em R$ 1,6 bilhão.
De acordo com informações divulgadas pelo XP Asset, a transação será realizada em duas partes. A primeira parcela, equivalente a 68% do valor total, será paga no momento da assinatura do contrato. A segunda parte do pagamento será feita ao longo de até cinco anos.
Essa venda permitirá ao fundo gerar uma liquidez imediata de R$ 1 bilhão, que será distribuída entre os investidores. A previsão é que os cotistas recebam R$ 4,90 em dividendos no próximo mês.
A gestão do fundo explica que essa decisão faz parte de uma estratégia que visa garantir participações minoritárias nos shoppings. Isso significa que outras empresas serão responsáveis pela administração desses centros comerciais. Assim, as participações que eram majoritárias se transformarão em minoritárias, alinhando-se ao objetivo do fundo de diversificar seus ativos.
Com um patrimônio líquido superior a R$ 6,6 bilhões, o XP Malls se destaca como um dos fundos abertos mais conhecidos na B3, com uma média de liquidez diária de R$ 10,2 milhões. Na última sexta-feira, as cotas do XPML11 encerraram o dia com um aumento de 1,7%, aproximando-se de R$ 102.
Os shoppings e suas participações que estão sendo incluídos na transação são os seguintes:
– 45% do Tietê Plaza Shopping, em São Paulo/SP
– 15% do Parque Santana Shopping, em São Paulo/SP
– 25% do Campinas Shopping, em Campinas/SP
– 20% do Grand Plaza Shopping, em Santo André/SP
– 17,5% do Caxias Shopping, em Duque de Caxias/RJ
– 100% do Shopping Downtown, no Rio de Janeiro/RJ
– 40% do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro/RJ
– 39,99% do Shopping Ponta Negra, em Manaus/AM
– 14,31% do Shopping Bela Vista, em Salvador/BA
Essa negociação representa uma mudança significativa na estrutura do XP Malls e ocorre em um contexto de adaptação do mercado imobiliário, que busca novas formas de operação e gerenciamento dos ativos.