Um clima de tensão tomou conta da política americana após cenas de violência que levaram diversos políticos a criticar o governo de Donald Trump, classificando-o como “ditatorial”. O deputado democrata Jamie Raskin expressou sua preocupação nesta quinta-feira, afirmando que o “autoritarismo está fora de controle” e que Trump precisa ser impedido por decisões judiciais e pela vontade do povo.
O ex-presidente Trump, em meio a essa controvérsia, foi liberado após um incidente que levantou questões sobre como o governo lida com senadores, deixando no ar a inquietante dúvida sobre o tratamento de milhares de estrangeiros que vivem em situação vulnerável no país.
Esse episódio se desenrolou um dia após a Casa Branca publicar um cartaz em suas redes sociais, com uma estética que remete a regimes totalitários. A imagem incentivava os cidadãos a denunciá-los, sugerindo que qualquer um que não tivesse os documentos em dia poderia ser delatado por vizinhos ou colegas de trabalho.
A situação se agrava com o envio de mais de 4.700 tropas e fuzileiros navais para Los Angeles, destinados a supostamente controlar protestos na cidade, uma ação que foi realizada sem a autorização do governo estadual. Trump também assinou uma determinação que possibilita o deslocamento das tropas a qualquer lugar do país se ele identificar risco de insurreição.
Neste cenário alarmante, está programado um desfile militar em Washington para celebrar os 250 anos do Exército, coincidentemente na data do aniversário de Trump. Com um custo estimado em mais de 40 milhões de dólares, esse evento é semelhante a cerimoniais de regimes autoritários, aumentando a preocupação com a situação política.
Trump ainda fez questão de destacar que qualquer manifestação em Washington será “respondida com força”, o que intensifica as expectativas em torno de possíveis conflitos nas próximas semanas.
