EUA evitam usar bomba antibunker em instalação nuclear do Irã

No último domingo, os militares dos Estados Unidos não usaram bombas antibunker em todas as instalações nucleares do Irã durante um ataque. A instalação de Isfahan, devido à sua profundidade, não teria sido vulnerável a esse tipo de bomba, segundo informações do general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, que se reuniu com senadores na quinta-feira.
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O general explicou que a bomba Massive Ordnance Penetrator não foi empregada em Isfahan porque as redes subterrâneas da instalação são muito profundas, o que diminuiria a eficácia do armamento. Essa informação é a primeira explicação do governo dos EUA sobre a decisão de não usar esse tipo de ataque contra essa localização específica.
As autoridades americanas acreditam que cerca de 60% do arsenal de urânio enriquecido do Irã está armazenado nessas estruturas subterrâneas. Esse urânio é essencial para a produção de uma arma nuclear, o que torna a instalação de Isfahan um alvo estratégico.
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Durante os ataques, os aviões B-2 Spirit lançaram mais de uma dúzia de bombas antibunker nas instalações nucleares de Fordow e Natanz. Em contraste, Isfahan foi atingida apenas por mísseis Tomahawk, que foram disparados por um submarino americano.
Uma avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, realizada no dia seguinte aos ataques, indicou que os bombardeios não destruíram os principais componentes do programa nuclear do Irã. O relatório sugere que os ataques podem ter apenas atrasado o programa nuclear iraniano em alguns meses. Também surgiram informações de que o Irã pode ter transferido parte do urânio enriquecido para outros locais antes do início dos bombardeios.
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