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EUA alertam sobre aproximação de aviões venezuelanos a navio

O governo dos Estados Unidos expressou preocupação em relação a uma situação recente envolvendo a Venezuela. Na quinta-feira, o Departamento de Defesa dos EUA informou que duas aeronaves militares venezuelanas se aproximaram de navios americanos no Caribe. Essas embarcações fazem parte de uma operação dos EUA para combater o narcotráfico na região.

As autoridades americanas classificaram o ato como uma provocação do governo do presidente Nicolás Maduro. Além disso, os EUA acusaram o regime venezuelano de tentar interferir em suas ações contra os cartéis de drogas. O Departamento de Defesa emitiu um comunicado alertando o governo venezuelano a não tentar obstruir ou interferir nas operações militares americanas.

Os navios americanos estavam em águas internacionais, embora o governo venezuelano não tenha comentado sobre o incidente. Segundo um relatório do jornal The New York Times, dois caças F-16 da Venezuela sobrevoaram o destróier Jason Dunham, que está armado com mísseis guiados. No entanto, não houve qualquer confronto, e o destróier não respondeu ao sobrevoo.

Esse episódio acontece após declarações do presidente Trump, que anunciou ter destruído um barco saindo da Venezuela que, segundo ele, estava transportando drogas. A ação resultou na morte de 11 pessoas, fato negado pelo governo de Maduro, que também acusou os EUA de divulgar um vídeo falso sobre o ataque.

No dia seguinte, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que novas operações contra embarcações ligadas ao tráfico de drogas estão previstas. O chefe do Pentágono também declarou que as ações na região continuarão. Atualmente, os EUA possuem pelo menos sete navios de guerra e um submarino nuclear em águas próximas à Venezuela. Esses navios são tripulados por 4.500 integrantes da Marinha e Corpo de Fuzileiros Navais, além de aviões de reconhecimento operando na área.

O governo dos EUA justifica essas operações como uma medida contra o narcotráfico, mas analistas acreditam que o objetivo maior é aumentar a pressão sobre o governo de Maduro. As autoridades americanas consideram Maduro como o líder de um suposto cartel de drogas chamado “Cartel de los Soles”, que envolveria membros do governo venezuelano em atividades criminosas. No entanto, especialistas questionam a existência desse grupo.

Em resposta a essa situação, Maduro iniciou um novo processo de alistamento na Milícia Nacional Bolivariana, que é composta por civis armados e alinhados às Forças Armadas. Ele afirmou que a Venezuela tem 4,5 milhões de reservistas prontos para enfrentar qualquer ameaça, um número que é contestado por especialistas.

Além disso, a Venezuela levou o assunto ao Conselho de Segurança da ONU, solicitando um cesar imediato do deslocamento militar americano no Caribe e pedindo ao secretário-geral da ONU que intervenha para restaurar a paz.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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