Estudante de veterinária presa no Rio publicava vídeos dançantes

Beatriz Leão Montibeller Borges, de 25 anos, foi presa na última sexta-feira na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela é investigada por associação ao tráfico de drogas no Paraná. Segundo a polícia paranaense, Beatriz é namorada de um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e estava foragida da Justiça desde março.
A prisão ocorreu em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, onde Beatriz é conhecida pelo apelido de “musa do tráfico”. A Polícia Civil do Paraná informou que, além de trabalhar em financiamento de atividades do crime, ela deve ser indiciada por lavagem de dinheiro, já que é apontada como responsável pela organização das finanças da facção.
Beatriz possui um perfil ativo no TikTok, onde compartilha vídeos dançando, se exercitando em academias e posando com roupas de banho. Ela contou com um público de cerca de 2,6 mil seguidores, com publicações que geralmente atraíam milhares de visualizações. Um dos vídeos mais populares, postado em janeiro, mostrou-a relaxando em uma espreguiçadeira, usando um biquíni rosa e segurando uma taça. Essa postagem alcançou 53 mil visualizações e gerou mais de 130 comentários.
Outro vídeo bastante visualizado, com mais de 17 mil acessos, a mostra dançando uma música popular enquanto vestia um conjunto de roupas brancas. Em agosto de 2024, ela publicou uma foto em um espelho, ostentando um biquíni e fazendo uma descrição engraçada sobre se amar.
Originária do município de Bagé, no Rio Grande do Sul, Beatriz reside atualmente em Curitiba, onde está matriculada em uma faculdade de medicina veterinária. Ela também possui três empresas registradas, atuando em setores como agenciamento de serviços, comércio de roupas e uma casa de festas.
O delegado responsável pela investigação, Thiago Andrade, revelou que Beatriz foi introduzida no crime pelo líder do PCC, que também financiou seu estilo de vida luxuoso. Todas as suas despesas relacionadas a viagens, educação e academia eram custeadas por dinheiro proveniente do tráfico.
A prisão de Beatriz reflete a continuidade das ações da polícia paranaense no combate ao tráfico de drogas e à atuação de facções criminosas na região.