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Empresa referência em dietas entra com pedido de falência após 62 anos

Em 2025, a WW International, conhecida mundialmente como WeightWatchers, surpreendeu a todos ao solicitar recuperação judicial nos Estados Unidos. Fundada em 1963 por Jean Nidetch, a empresa ficou famosa por seu programa de emagrecimento, que valorizava reuniões de apoio entre os participantes. Ao longo de mais de seis décadas, a WeightWatchers ineditou com um sistema de pontos e muitas opções de interação, conquistando adeptos em diferentes países. Contudo, a companhia enfrenta um grande desafio, acumulando cerca de 1,5 bilhões de dólares em dívidas e perdendo espaço para novos métodos de controle de peso, como medicamentos e tecnologias inovadoras.

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O pedido de falência foi feito sob o Capítulo 11 da legislação americana, que permite a reestruturação de dívidas. Com isso, a WeightWatchers busca assegurar a continuidade de suas operações e o atendimento a milhões de associados durante esse processo.

Os principais fatores que levaram a empresa a essa situação incluem a rápida transformação do mercado de emagrecimento. Medicamentos, como o Ozempic, tornaram-se populares, fazendo com que consumidores procurassem alternativas mais práticas, deixando de lado os modelos tradicionais que envolviam contagem de pontos e calorias. Além disso, em 2024, a WeightWatchers registrou uma redução de 12% no número de assinantes e enfrenta uma pesada carga de juros anuais de 100 milhões de dólares.

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A tentativa de reposicionamento estratégico também é um elemento importante. Em 2023, Sima Sistani, a então CEO, adquiriu uma plataforma de telemedicina, com o intuito de integrar medicamentos ao portfólio da empresa. No entanto, essa estratégia não teve o sucesso esperado e resultou na sua saída, sendo substituída por Tara Comonte, que foi diretora financeira de uma destacada rede de fast food.

A recuperação judicial tem como objetivo eliminar grande parte das dívidas da WeightWatchers, permitindo novos investimentos e estratégias de crescimento. A empresa espera retomar suas atividades como uma companhia de capital aberto em aproximadamente 40 dias, mantendo todos os serviços disponíveis aos associados durante esse período de reestruturação. Entre as prioridades estão a redução das dívidas, foco em inovação e continuidade do suporte aos membros.

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O mercado de emagrecimento está passando por mudanças rápidas, e empresas tradicionais, como a WeightWatchers, precisam se adaptar para continuarem competitivas. A popularização de soluções digitais e medicamentos que oferecem resultados mais rápidos está transformando o cenário atual.

Outro aspecto relevante foi a saída de Oprah Winfrey do quadro de acionistas e do conselho da WeightWatchers, o que impactou a imagem da empresa. A doação das ações de Oprah para uma instituição cultural representa o fim de uma parceria que começou em 2015, quando ela se tornou uma das figuras mais emblemáticas da marca.

O futuro da WeightWatchers dependerá de sua capacidade de se adaptar às novas tendências do setor de saúde e bem-estar, sem perder a essência de apoio emocional e comunitário que sempre caracterizou o programa. A empresa enfrenta o desafio de se manter relevante em um panorama em constante evolução, onde a inovação e os avanços médicos são cada vez mais influentes.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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