Na quarta-feira, 3 de outubro, o Elevador da Glória, uma importante atração turística em Lisboa, descarrilhou, resultando na morte de pelo menos 15 pessoas e deixando outras 18 feridas. A causa do acidente foi um cabo de segurança que se rompeu, impactando o funicular contra um prédio. Os bombeiros foram mobilizados para resgatar vítimas que ficaram presas entre as ferragens do equipamento, que possui capacidade para 42 pessoas.
O acidente ocorreu por volta das 18h08, horário local, enquanto o elevador fazia uma curva na Calçada da Glória. Dentre os feridos, três estão em estado grave. As autoridades enviaram um grande número de socorristas, somando 62 profissionais e 22 veículos, que incluem ambulâncias, caminhões de bombeiros e viaturas policiais. A maioria dos feridos foi levada para o Hospital São José, o mais próximo do local onde aconteceu o incidente.
Imagens do local mostram o funicular totalmente destruído. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, esteve presente e, em coletiva de imprensa, expressou condolências e informou que a cidade está vivendo um momento de luto. Ele mencionou que estava em contato com o primeiro-ministro e o presidente da República, e elogiou a rápida resposta das equipes de emergência.
João Ferreira, vereador do Partido Comunista Português, que também estava no local, classificou o acidente como sem precedentes. Ele destacou que ainda não é possível fazer uma avaliação aprofundada das possíveis falhas, ressaltando a importância de permitir que as equipes de resgate realizem seu trabalho sem interrupções. Ferreira mencionou que trabalhadores da empresa Carris, responsável pelo transporte urbano em Lisboa, expressaram preocupações sobre a manutenção dos equipamentos, que são antigos.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou o ocorrido e enviou suas condolências às famílias das vítimas. Ele também destacou a necessidade de uma investigação rápida pelas autoridades competentes para esclarecer os detalhes do acidente.
Este triste incidente envolvendo o Elevador da Glória é o segundo em um período recente. O funicular, que foi inaugurado em 1885 e está prestes a completar 140 anos, já havia descarrilado em 2018 devido a uma falha de manutenção, embora não tenha deixado feridos.
O Elevador da Glória, operado pela empresa pública Carris, realiza um trajeto de 265 metros com um desnível de 44 metros, ligando a Praça dos Restauradores, no Bairro da Baixa, ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto. Com cerca de 3 milhões de passageiros transportados anualmente, o elevador foi declarado Monumento Nacional em 2002, junto a outros funiculares de Lisboa, como o Elevador da Bica e o do Lavra.
A Calçada da Glória, onde ocorreu a tragédia, inicia na Avenida da Liberdade, uma famosa área turística de Lisboa, conhecida por suas lojas de grife e marcas de luxo.
