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Eclipse lunar de 2025: como assistir ao evento em setembro

Neste domingo, 7 de outubro, os brasileiros não poderão observar o maior eclipse lunar desde 2022. O fenômeno, conhecido como “Lua de Sangue”, ocorrerá durante a tarde, mas no Brasil a Lua não terá nascido ainda, o que impossibilita sua visualização. Para compensar, o Observatório Nacional (ON), que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, transmitirá ao vivo o evento pelo seu canal no YouTube, começando às 12h.

De acordo com informações disponíveis, aproximadamente 7,19 bilhões de pessoas ao redor do mundo — cerca de 85% da população global — estarão em regiões onde o eclipse será visível. O evento terá seu início às 12h28, no horário de Brasília. Em locais como Natal, o eclipse penumbral começará às 17h21, mas terminará apenas 34 minutos depois, às 17h55. Apesar de estar acontecendo, a visualização será muito difícil, já que a Lua estará saindo da penumbra nesse momento. A astrônoma Josina Nascimento, do ON, explicou que não haverá diferença perceptível para quem estiver nessas áreas, uma vez que a Lua está nascendo e esse fenômeno geralmente é complicado de observar.

Durante a transmissão, Josina estará acompanhada por outros especialistas e entusiastas da astronomia. O eclipse total terá uma duração de 82 minutos e cerca de 4,9 bilhões de pessoas poderão vê-lo por completo, desde que as condições climáticas sejam favoráveis e o céu esteja claro. As melhores regiões para visualizar o fenômeno serão no centro da Europa, Ásia, costa leste da África, parte oeste da Austrália e na Antártida.

O eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, bloqueando a luz solar que normalmente ilumina nosso satélite natural. Com isso, a borda da Terra cria uma iluminação avermelhada que reflete na Lua, dando-lhe uma cor rubra. Em algumas situações, a Lua pode assumir um tom azul, embora isso seja menos comum. Essa mudança de cor ocorre quando os raios de luz atravessam a camada de ozônio ao redor da Terra, como explicou Thomas Puzia, professor de astrofísica.

Puzia também lembrou que observar a Lua durante um eclipse é seguro e não apresenta riscos à visão, sendo diferente do eclipse solar. À noite, quando a escuridão está presente, mesmo com telescópios ou binóculos, um primeiro contato com a luz da Lua cheia pode ser ofuscante, mas não é prejudicial.

Os próximos eclipses lunares ocorrerão em 2 de março de 2026 — que terá visibilidade parcial no Brasil — e em 26 de junho de 2029, que poderá ser visto em todo o país, desde que as condições climáticas permitam. O evento de 2029 será o mais longo, com duração de até 1h42.

Outro eclipse, desta vez parcial do Sol, está agendado para o dia 21 de setembro deste ano, mas será visível apenas na Antártida. Josina ressaltou que quando há um eclipse lunar, geralmente ocorrerá ou já ocorreu um eclipse solar próximo, pois esses fenômenos costumam estar interligados. Recentemente, em março, os brasileiros puderam ver um eclipse total lunar, que foi visto em nosso país, mas não em muitas outras partes do mundo. Ela destacou que os eclipses lunares tendem a ser mais acessíveis para observação do que os eclipses solares.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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