Danificações em instalações nucleares do Irã por ataques dos EUA

No último sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou um ataque de grande escala contra três importantes instalações nucleares do Irã, após uma tentativa inicial de resolver a situação por meio da diplomacia. Durante as ações, foram utilizados bombardeiros, submarinos e mísseis de cruzeiro, incluindo bombas de 13.600 quilos, conhecidas como “bunker-busting”, que são projetadas para penetrar em alvos fortificados.
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Trump declarou que as instalações nucleares do Irã foram “apagadas”, mas alguns oficiais iranianos minimizaram o impacto dos ataques, assim como fizeram após um ataque israelense anterior em junho. À medida que imagens de satélite dos danos se tornavam disponíveis, análises começaram a revelar mais sobre o que ocorreu.
A instalação de Fordow é considerada a mais importante do Irã para enriquecimento nuclear e está localizada a uma grande profundidade para proteger-se contra ataques. As principais salas ficam entre 80 e 90 metros abaixo da superfície. Em um relato, foi informado que os Estados Unidos usaram seis bombardeiros B-2 para lançar 12 dessas bombas na instalação. Análises de satélites mostraram pelo menos seis crateras grandes resultantes dos ataques.
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O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) mencionou que houve um “impacto cinético direto” na Fordow, mas ainda é cedo para determinar se houve danos internos significativos. Um especialista também comentou que novas imagens de satélite indicam que a área em torno da instalação foi coberta com uma camada de cinzas, sugerindo uma grande área afetada.
Na análise das imagens, foram observados pelo menos seis pontos de entrada na Fordow, cujos orifícios indicavam múltiplas explosões na mesma localização, corroborando a ideia de um ataque a uma instalação profundamente enterrada.
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O ataque também afetou o local de Natanz, onde está situado o maior centro de enriquecimento nuclear do Irã. Um boletim de um oficial dos EUA confirmou que um bombardeiro B-2 lançou duas bombas na instalação, enquanto submarinos lançaram 30 mísseis de cruzeiro TLAM em Natanz e Isfahan. A análise de imagens revelou a formação de novas crateras, possivelmente causadas por essas bombas.
Isfahan, outro alvo do ataque, abriga o maior complexo de pesquisa nuclear do país, que foi construído com apoio chinês. Após os bombardeios, pelo menos 18 estruturas foram identificadas como destruídas ou danificadas, com a área visivelmente coberta de detritos.
Além do mais, relatos iniciais indicam que os ataques também podem ter atingido túneis utilizados para armazenar urânio enriquecido. Especialistas afirmaram que os danos à infraestrutura de armazenamento de urânio são uma preocupação significativa, dado que a quantidade de urânio enriquecido nas instalações varia entre 20% e 60%, enquanto o urânio para armas é enriquecido a 90%.
A complexidade da situação é evidente, pois, embora alguns líderes iranianos afirmem que o ataque não teve grandes consequências, análises de especialistas em imagem sugerem o contrário. O diálogo permanecia difícil, enquanto os efeitos do ataque nuclearamericano ainda estavam sendo avaliados e compreendidos.
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