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Cronos: a nova aurora em análise

Cronos: The New Dawn – Um Novo Capítulo do Horror de Sobrevivência

Após o sucesso do remake de Silent Hill 2, a desenvolvedora Bloober Team lançou Cronos: The New Dawn, um jogo que promete capturar a essência do horror de sobrevivência. Ambientado em uma cidade polonesa devastada por uma praga, o jogo apresenta uma narrativa intrigante, mas enfrenta desafios significativos em seu combate e mecânicas de jogo.

Em Cronos, os jogadores assumem o papel da Traveler, uma investigadora que busca por um colega desaparecido nas ruínas de New Dawn. O cenário é sombrio, com a maioria dos habitantes locais se transformando em mutantes hostis. O que torna a Traveler especial é sua habilidade de viajar temporariamente para o passado, colhendo informações de moradores antes que a praga os afete. Essa mecânica oferece um novo jeito de contar histórias, inspirando-se em séries como Dark.

A protagonista é uma figura enigmática, parecida com um Mandaloriano. Ela é taciturna e se comunica com a mesma frase enigmática. Ao longo do jogo, seu estado mental se deteriora à medida que ela absorve a essência dos habitantes, gerando alucinações perturbadoras que afetam sua percepção da realidade.

Embora os ambientes tenham uma estética de terror clássica — desde apartamentos em degradação até hospitais ameaçadores —, a continuidade entre essas áreas é muitas vezes interrompida por trechos prolongados e repetitivos. Por exemplo, há momentos em que a narrativa é pausada sem aviso, forçando o jogador a ativar geradores e enfrentar corredores sem fim, o que pode se tornar maçante.

Apesar do clima sombrio e envolvente, o jogo não atinge o mesmo nível de susto e tensão do remake de Silent Hill 2. Embora existam sustos repentinos, a atmosfera pode não ser o bastante para induzir um verdadeiro medo. Elementos de narrativa ambiental, como salas de interrogatório manchadas de sangue e corredores repletos de destroços, ajudam a construir uma sociedade que enfrenta a morte, mas não são suficientes para substituir a falta de tensão mais intensa.

Os inimigos do jogo, chamados de "orfãos", são grotescos e possuem várias formas, desde criaturas esqueléticas até monstros que se arrastam pelas paredes. A principal arma da Traveler é uma pistola básica que pode ser aprimorada para aumentar dano, mas isso não traz uma sensação de progresso marcante. O jogador precisa gerenciar os recursos de forma estratégica, o que gera um clima de tensão constante.

Enquanto os tipos de armas são limitados, a introdução de um sistema de essência permite ao jogador obter bônus ao coletar as almas de personagens importantes. No entanto, essa mecânica pode ser confusa, com descrições que nem sempre deixam claro os benefícios obtidos.

As lutas contra chefes proporcionam alguns dos momentos mais intensos do jogo, exigindo habilidades do jogador. Embora as batalhas raramente exijam estratégias complexas, o tamanho e o design dos ambientes contribuem para a sensação de claustrofobia.

No geral, Cronos consegue criar momentos de horror, mas os problemas técnicos como a dificuldade para interagir com objetos no cenário e falhas de movimentação podem frustrar os jogadores. Apesar das falhas, Cronos apresenta uma experiência única, mesmo que não alcance as alturas do seu antecessor, Silent Hill 2.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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