Cripto se recupera após quedas acentuadas em agosto

O preço do bitcoin experimentou uma alta nesta quarta-feira, 3 de setembro, dando continuidade a uma recuperação que começou após uma queda significativa no final de agosto. Os investidores estão atentos à política econômica, especialmente à possibilidade de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, comece a reduzir as taxas de juros. Além disso, a regulamentação sobre criptomoedas continua a ser um foco de interesse.
Por volta das 16h, horário de Brasília, o bitcoin tinha uma valorização de 1,16%, sendo negociado a US$ 111.920,34. O ethereum também se destacou, com um aumento de 3,92%, alcançando US$ 4.463,04, conforme dados da plataforma de câmbio Binance.
Esse movimento positivo nas criptomoedas pode estimular uma “corrida empolgante” no último trimestre do ano, que é tradicionalmente favorável para esses ativos. Especialistas indicam que tanto o bitcoin quanto o ethereum estão bem posicionados para atingir novos recordes antes do final de 2023. O relatório de empregos, que será divulgado na próxima sexta-feira nos Estados Unidos, poderá impactar ainda mais o mercado, especialmente se aumentar as expectativas de cortes nas taxas de juros.
Além disso, há um novo IPO no horizonte que pode servir como um impulsionador para o mercado de criptomoedas. A empresa Figure Technologies, que trabalha com blockchain, está buscando uma avaliação de até US$ 4,13 bilhões com sua abertura de capital, conforme um documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. Essa movimentação segue as estreias bem-sucedidas de outras empresas do setor, como a Circle Internet Group e a Bullish, que também tiveram uma boa performance neste ano.
Em uma nova medida no âmbito regulatório, a Comissão de Valores Mobiliários e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos emitiram uma declaração conjunta esclarecendo que bolsas devidamente registradas não estão impedidas de facilitar a negociação de certos produtos de criptoativos.
Enquanto isso, no Japão, a Agência de Serviços Financeiros está propondo uma mudança na supervisão das criptomoedas. A proposta é transferir essa regulamentação para a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio, atualmente elas são regulamentadas pela Lei de Serviços de Pagamento. Caso essa mudança aconteça, as criptomoedas seriam classificadas da mesma forma que os valores mobiliários, resultando em regras mais restritivas para emissores e bolsas. A FSA acredita que uma supervisão mais rigorosa pode prevenir condutas inadequadas e efetivar a transparência no mercado, beneficiando os investidores.