Uma agência dos Correios localizada na Faria Lima, em São Paulo, anunciou que está temporariamente sem sistema para pagamentos com cartões de débito e crédito. Essa situação ocorreu após a Polícia Federal e a Receita Federal realizarem uma grande operação na última quinta-feira, que investigou o BK Bank. A empresa de tecnologia financeira foi identificada como uma possível ligação com o fluxo de dinheiro relacionado a atividades do crime organizado.
Os Correios informaram que o contrato com o BK Bank foi suspenso na terça-feira. Apesar de não fornecerem muitos detalhes sobre a situação, eles afirmaram que a indisponibilidade do sistema do prestador de serviços impacta os pagamentos em cartão nas agências próprias. Entretanto, as agências que operam por meio de franqueados continuam aceitando pagamentos normalmente com outros fornecedores.
A estatal também ressaltou que está trabalhando para normalizar os serviços o mais rápido possível e que o processo administrativo está seguindo os procedimentos legais. O atendimento ao cliente indicou que a falta de serviços eletrônicos se deve a problemas de sistema, e que, no momento, apenas pagamentos em dinheiro e por meio de Pix estão sendo aceitos. Não havia previsão para o retorno das demais opções de pagamento.
O contrato entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e a BK Bank, anteriormente chamada Berlin Finance Meios de Pagamento, foi firmado em agosto de 2021 e se estende até agosto de 2026, com um valor total de R$ 56,8 milhões. Esse contrato envolve várias funções relacionadas às transações financeiras, incluindo captura e liquidação, permitindo o uso das bandeiras Visa e Mastercard.
Embora tenha sido procurado para comentar a suspensão do contrato, o BK Bank afirmou que não recebeu informações sobre qualquer decisão que determinasse essa suspensão. A fintech destacou que está seguindo com suas atividades normalmente e que está comprometida em cumprir todas as obrigações contratuais.
Além disso, o governo do Paraná decidiu adiar a assinatura de um contrato com a BK Bank, que havia vencido um pregão no valor de R$ 108 milhões para administrar o programa Cartão Comida Boa. Essa decisão ocorreu logo após a Operação Carbono Oculto, realizada na semana passada.
